OS CRAVOS DE ABRIL
Os cravos que Abril abriu
Ninguém os pode fechar
A terra que os produziu
Muitos outros pode dar
Os cravos que Abril abriu
Não servem só pra’ enfeitar
Requerem rega constante
Anda aí muito tratante
Que conspira p’rós secar
Cabe nós que Abril seja
Acção e não liturgia
E que nele o povo veja
Aquilo que mais deseja
Na prática do dia-a-dia
Muito que foi conseguido
Nos dias da Revolução
Já nos foi surripiado
Porque nós temos deixado
Por manifesta inacção
Isto está a andar p’ra trás
E nós, parvos, a olhar p'rà lua…
Torna-se urgente acordar
E a Revolução retomar,
Se for preciso, na rua!
VINTE E CINCO DE ABRIL, SEMPRE
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Foto gentimente cedida por
" Bom dia Isabel "
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Veja também
PERDOAI-ME SENHORA
no meu outro blogue
http://escritosoutonais.blogspot.com
21 Comments:
Parece-me que se não nos juntarmos todos de novo para os regar, mto mto em breve murcham todos de vez!
Bjs
TD
By Teresa David, at 24 abril, 2007 19:58
Na rua, e da forma que for preciso...
25 de Abril, Sempre!!!
By Maria, at 24 abril, 2007 20:09
Que DEUS conceda em todos os seus dias o perfume dos "Cravos de Abril".
beijinho
By Codinome Beija-Flor, at 25 abril, 2007 03:13
Parabéns por mais este excelente poste, certamente colocado com muito fervor pela causa em que acredita. E eu também...
Um abraço
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«Agora que já floriu
A esperança na nossa terra
As portas que Abril abriu
Nunca mais ninguém as cerra».
Ary dos Santos
Que o Portugal de Abril se cumpra de uma vez por todas.
Bom feriado.
By zé lérias (?), at 25 abril, 2007 04:02
Sempre, um abraço
By Erecteu, at 25 abril, 2007 11:27
Nem mais António! Beijos
By Anónimo, at 25 abril, 2007 12:37
O que é preciso é termos confiança
se fizermos de maio a nossa lança
isto vai meus amigos isto vai.
José carlos ary dos santos
25 de abril sempre
Beijo
M
By Maçã de Junho, at 25 abril, 2007 12:50
Eu tinha quase seis anos e estava em França com os meus pais. Mas não esqueço sabes porquê? O meu pai sempre me disse que teve de partir porque tinha medo de falar aqui.Eu naquela altura não percebi. Mas, uma bela tarde de 25 de abril, o meu pai chegou a casa mais cedo do trabalho, vinha com os olhos em lágrimas; ligamos o radio e a Tv a preto e branco. Portugal estava livre e eu ainda não conhecia a terra dos meus pais. Em agosto, vim pela primeira vez a Portugal. Era tão branco com os seus campos dourados e com camomila...
António,obrigada por relembrares.
Beijos
By Eme, at 25 abril, 2007 18:25
Caro Melenas,
Por saber que estes leais versos são gritados de dentro para fora, é com toda a sinceridade que os prefilho dignamente.
Que continues a passar este 25 Abril como o desejas.
Um abraço amigo
Pepe.
By Pepe Luigi, at 25 abril, 2007 19:04
Hoje comento deste lado, que sem desprezar o outro, "mexe" mais comigo.
Não desejo que seja 25 de Abril sempre, mas desejo sentir todos os dias e todos os meses, o que senti (e o que ganhei num 25 de Abril.
By Anónimo, at 25 abril, 2007 22:22
Nasci com a liberdade, trouxe um cravo na mão e amor no coração.
By Amora Silvestre, at 25 abril, 2007 23:49
Caro António: vim deixar o nosso voto comum de 25 de Abril SEMPRE e apreciar o seu extraordinário blogue, soberbo sem cair na soberba. Um abraço de apreço.
By Anónimo, at 26 abril, 2007 00:00
Caro António: vim deixar o nosso voto comum de 25 de Abril SEMPRE e apreciar o seu extraordinário blogue, soberbo sem cair na soberba. Um abraço de apreço.
By Anónimo, at 26 abril, 2007 00:00
Meu querido amigo,
Estou contigo neste grito a uma nova liberdade!
ABRIL...SEMPRE!!
Abraço da
Maria
By Páginas Soltas, at 26 abril, 2007 01:25
Caro António,
lindo post e excelente mensagem.
Nota-se tanto o quanto custou a LIBERDADE e as conquistas de ABRIL que aos poucos nos estão "surripando" que até doi o coração com a saúdade desses tempos.
Hoje todos nós fariamos muito mais e melhor.
25 de ABRIL SEMPRE!!
By Arauto da Ria, at 26 abril, 2007 01:28
Os cravos de Abril andam transgénicos...
Perdendo a sua natureza primeira.
Todos temos um bocadinho de responsabilidade nesta transmutação.
Difícil de aceitar para quem tanto os amou.
Beijo.
By Licínia Quitério, at 26 abril, 2007 21:25
"Esta é a madrugada que eu esperava
O dia inicial inteiro e limpo
Onde emergimos da noite e do silêncio
E livres habitamos a substância do tempo"
(Sophia de Mello Breyner Andresen)
Que te deixo com um abraço .
By Menina Marota, at 26 abril, 2007 23:31
Grande hino á liberdade...
Muito bonito mesmo.
Bom fim de semana.
Bjs Zita
By Entre linhas, at 28 abril, 2007 09:43
Passei para ver o blogue e apreciá-lo e ver se havia novo artigo. Boa semana.
By Anónimo, at 29 abril, 2007 05:59
Passei e não podia deixar de agradecer as palavras lindas em defesa de UM ABRIL que parece fugir-nos por entre os dedos.. Há que lutar, na rua se preciso for.. Este grito por abril é quase um pedido de socorro, um grito de alerta.. um SOS.. Estão mexendo na nossa liberdade, nas nossas conquistas, estão a retirar-nos o que com sangue e lágrimas, com vidas perdidas, foi conquistado...
Quero reprimir um grito de raiva que teima em sair.. Viva Abril..
Voltarei aqui para beber desta sabedoria, desta sensibilidade...
By Bichodeconta, at 08 maio, 2007 21:30
E eu lendo o seu poema na maior inocência, achando que as flores realmente eram flores. Fantástico!
By Anónimo, at 22 junho, 2007 05:33
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