EFEMÉRIDES
António Gedeão
Comemoram-se hoje 100 anos do nascimento de Rómulo de Carvalho, mais conhecido, talvez pelo seu pseudónimo, como poeta, de António Gedeão. Sinal da importância que a poesia ocupa no coração dos portugueses e no entanto Rómulo de Carvalho, além de autor de uma incontornável obra poética, da qual ressaltam poemas tão belos e tão divulgados como a “Pedra Filosofal”, “Lágrima de Preta” ; Calçada de Carriche” “Fala do Homem Nascido”, foi cientista, pedagogo, investigador e mesmo historiador.
Não sei de outras homenagens que lhe estejam a ser feitas durante o dia de hoje, mas pelo menos na escola António Gedeão (nome que os próprios alunos escolheram) na Cova da Piedade, onde minha filha é professora, hoje é dia de festa, com várias cerimónias evocativas da vida e obra do seu patrono.
Permito-me transcrever do DN de hoje palavras inéditas de Rómulo de Carvalho, encontradas por sua esposas após o seu falecimento.
“Os governos têm sabido organizar as coisas de modo a alterar tudo segundo as suas conveniências. A imprensa só diz o que é conveniente dizer-se e de um só modo considerado conveniente. Os serviços oficiais só dão notícia e relevo a tudo quanto contribui para o prestígio de uma certa doutrina considerada como a única aceitável.”
"Eu tenho sobre a história uma ideia que está longe de ser a mais frequente. Penso que, quem faz a história, não é o governo de uma nação. Sou eu, a vizinha do andar do lado e o merceeiro que está estabelecido com loja na esquina da rua. É o par de namorados que passa de lambreta ou o operário que vai para a oficina com a malinha do almoço. É o poeta, é o pensador, é o cientista, é tudo, toda a gente, a que sai e a que fica em casa, todos, todos, excepto os que compõem o governo. Esses só têm uma atitude permanente, que é a de, atónitos, solucionarem, ou verdadeiramente ou falsamente, os problemas que lhes são impostos."
Que bela lição sobre a história!
Aqui homenageio o Poeta e o Cientista.
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Com 75 anos faleceu ontem o grande actor francês Philippe Noiret.
Como cinéfilo e cineclubista que fui, não posso deixar de assinalar o desaparecimento deste notável intérprete , nome grande da cinematografia francesa e mundial, conhecido admirado em todo o mundo pelos antes da 7ª arte. De entre muitas personagens que interpretou, ao longo de mais de 120 filmes, em que contracenou com os melhores actores e actrizes do seu tempo e teve a dirigi-lo alguns grandes nomes da realização cinematográfica, quem não se lembra, sobretudo da sua personagem Alfredo, o velho e ternurento projeccionista que coleccionava cenas de beijos que a censura cortava no “Cinema Paraíso” ou do seu humaníssimo Pablo Neruda no “Carteiro de Pablo de Pablo Neruda – dois dos maiores êxitos cinematográficos dos últimos anos no nosso País.
Aqui lhe deixo, também, com uma salva de palmas, a minha comovida homenagem.
O POEMA DE AMOR
no meu outro blogue
http://escritosoutonais.blogspot.com
Ouça também este poema na voz de
no Programa Lugar aos outros nº 28
do Estúdio Raposa
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