ENQUANTO E NAO

segunda-feira, novembro 13, 2006

O FIM DE SEMANA POLÍTICO

Congresso do PS

Depois de ter confirmado Sócrates, sem qualquer oposição, no lugar de Secretário-geral, o PS efectuou este fim de semana o seu Congresso. Tal como a confirmação do Líder no cargo de Secretário-geral., esta reunião de militantes serviu apenas para glorificação do Chefe, tipo congresso albanês no tempo do tempo de Enver Hodja que os maoistas cá do burgo tanto apreciavam. Tirando o caso de Helena Roseta, praticamente não se ouviu uma voz discordante da do Chefe. Foi um Congresso do qual não saiu nada que mereça a pena recordar excepto umas promessas de novas regras para actualizar o salário mínimo, que nada têm de novo e se destinaram apenas a adoçar os beiços a alguns dos congressistas com uns resquícios de ideias socializantes e a promessa de que no referendo sobre o aborto a Lei só será alterada se o SIM ganhar, para alegria dos que defendem o NÃO. continuando a deixar a sorte das mulheres entregue às vicissitudes de uma votação facilmente manobrável e condicionada, quando o Governo PS tem condições únicas para fazer aprovar com toda a legitimidade a Lei que poria fim a todos os dramas que este demasido longo folhetim comporta,

De resto o Ministro da Saúde continuou a teimosamente a tentar justificar a designação de “ taxas moderadoras” para a alcunha que inventou para classificar os impostos que pretende impor sobre internamentos hospitalares — alcunha que vários congressistas contestaram, mas o ministro, teimoso que nem uma mula, acha que ele é o dono da razão e tudo ficou por aí.

_________________________________

Encontro internacional de Partidos Comunistas e Operários


Também este fim de semana se efectuou em Lisboa, no âmbito das comemorações do 85º aniversário do PCP, um encontro internacional de Partidos Comunistas e Operários, em que participaram 63 partidos e que recebeu saudações de outros 17 que por motivos diversos não puderam participar.

Saliento desse encontro as palavras de Jerónimo de Sousa ali proferidas e que têm a ver com o momento político Nacional:

“As pessoas não se enganaram a votar no PS: o PS é que enganou as pessoas com as suas políticas"

“Se o primeiro-ministro disse no congresso do seu partido que vai ouvir, a rua mas que a rua também vai ter de ouvir o que a maioria dos portugueses disse nas eleições, então saiba que o Governo agride e reduz essa legitimidade eleitoral quando prometeu uma coisa e faz outra - na política de impostos, de saúde, de Segurança Social, nos direitos ao trabalho e das populações",

É como já aqui tenho dito também. A realidade de hoje, realidade que a acção deste governo tem ajudado a criar, não tem nada a ver com a realidade de há cerca de dois anos quando o PS obteve a maioria absoluta de votos, e só um cego não vê a mudança objectiva em relação a essa data. Trata-se da análise concreta de uma situação concreta. Já dizia o outro. E quem não vê isso, não é apenas cego. É tolo.

_______________________________

Leia também
O Grupo do Crisântemo
No meu outro blogue
http://escritosoutonais.blogspot.com

2 Comments:

  • Caro António:
    Permite-me discordar da primeira afirmação do meu camarada Jerómino: As pessoas enganaram-se a votar PS assim como o PS as enganou com as suas políticas.

    Em relação á tua analise, sempre clara e objectiva, não tenho nada a dizer, apenas a concordar

    Bjo
    Maçã de Junho

    By Blogger Maçã de Junho, at 14 novembro, 2006 14:26  

  • Cara Maçã de Junho,
    É a mesma realidade dita de outra maneira: Quem votou no PS, julgando que estva a votar à esquerda, foi vilmente enganada.
    bjs
    António

    By Blogger António Melenas, at 14 novembro, 2006 14:49  

Enviar um comentário

<< Home