OS NOSSOS VALORES
Na entrada de ontem citei um recorte do DN referente a uma notícia do New YorK Times que denunciava a decisão de Bush, concertda com Blair, de invadir o Iraque, desse por onde desse. Pois no jornal “Metro” de ontem encontrei a mesma notícia um pouco mais desenvolvida. Por ela se vê:
- que em Janeiro de 2003 já havia data marcada (10 de Março) e tudo preparado para o início da invasão.
- que cinco dias depois da reunião de Bush com Blair, em que esta decisão foi tomada na qual participou também o secretário de Estado Collin Powell, este foi à ONU apresentar provas de que o Iraque podia estar a ocultar armas não-convencionais.
- que o referido sr. Collin mentiu deliberadamente à ONU, uma vez que o memorando da referida reunião secreta (onde o sr. Collin esteve presente) não provou que quaisquer armas de destruição maciça tivessem sido encontradas pelos inspectores da ONU.
O que quer dizer que tão embusteiros e mal intencionados foram o sr. Bush, como o Sr. Blair, com sr.Powell
Mas mais do que isso, o sr. Bush, na sua doentia paranóia de invadir o Iraque, "chegou a ponderar pintar um avião americano de vigilância com as cores das Nações Unidas, para justificar a invasão", com a largada de bombas ou o assassínio de Sadam Hussein”
E estes homens que, deliberadamente, inventando sórdidas mentiras, invadem um país, provocam- dezenas de milhar de mortos, destroem património histórico de valor incalculável, deixam um país em ruínas e os seus cidadãos na maior penúria e criam, com isso, as condições para o brutal acréscimo de terrorismo em todo o mundo, podem merecer o apoio, o aplauso ou mera consideração de algum homem ou mulher honrado à face da terra?
É esta a civilização ocidental de que tanto nos orgulhamos?
São estes os nossos valores. (mentira, embuste, ganância, agressão, violência, morte, destruição) de que tanto enchemos a boca?
É esta a nossa liberdade de expressão? Mentir descaradamente e convencer meio mundo de que o que fazemos é que está certo? Sim, por que estas coisas não seriam possíveis sem que outros governantes e grande parte ( a maior parte) da opinião pública - opinião que eles próprios forjam, a cada instante, com todos os meios de comunicação que dominam, não os apoiassem, ou não se conformassem, pelo menos.
Estes senhores deviam estar sentados no banco dos réu, ao lado de Sadam Hussein. E nós, uma boa parte de nós que aplaude ou consente, devia, em boa verdade, sentar-se também a seu lado. Assim o banco chegasse e justiça houvesse.
E no entanto, o sr. José Manuel Fernandes, director do Público – um dos jornalistas e comentadores políticos que em Portugal mais apoiou a invasão do Iraque - ainda há dias, a propósito da passagem do 3º ano da invasão, escrevia, muito ufano, que mantinha a mesma opinião e que se fosse hoje voltaria a defender a intervenção americana.
Com “opinion makers” como este, bem podem os Bushs deste mundo dormir descansados!
E o mais grave é que o mundo está cheio de Josés Manuel Fernandes! Os nosso valores merecem.
- que cinco dias depois da reunião de Bush com Blair, em que esta decisão foi tomada na qual participou também o secretário de Estado Collin Powell, este foi à ONU apresentar provas de que o Iraque podia estar a ocultar armas não-convencionais.
- que o referido sr. Collin mentiu deliberadamente à ONU, uma vez que o memorando da referida reunião secreta (onde o sr. Collin esteve presente) não provou que quaisquer armas de destruição maciça tivessem sido encontradas pelos inspectores da ONU.
O que quer dizer que tão embusteiros e mal intencionados foram o sr. Bush, como o Sr. Blair, com sr.Powell
Mas mais do que isso, o sr. Bush, na sua doentia paranóia de invadir o Iraque, "chegou a ponderar pintar um avião americano de vigilância com as cores das Nações Unidas, para justificar a invasão", com a largada de bombas ou o assassínio de Sadam Hussein”
E estes homens que, deliberadamente, inventando sórdidas mentiras, invadem um país, provocam- dezenas de milhar de mortos, destroem património histórico de valor incalculável, deixam um país em ruínas e os seus cidadãos na maior penúria e criam, com isso, as condições para o brutal acréscimo de terrorismo em todo o mundo, podem merecer o apoio, o aplauso ou mera consideração de algum homem ou mulher honrado à face da terra?
É esta a civilização ocidental de que tanto nos orgulhamos?
São estes os nossos valores. (mentira, embuste, ganância, agressão, violência, morte, destruição) de que tanto enchemos a boca?
É esta a nossa liberdade de expressão? Mentir descaradamente e convencer meio mundo de que o que fazemos é que está certo? Sim, por que estas coisas não seriam possíveis sem que outros governantes e grande parte ( a maior parte) da opinião pública - opinião que eles próprios forjam, a cada instante, com todos os meios de comunicação que dominam, não os apoiassem, ou não se conformassem, pelo menos.
Estes senhores deviam estar sentados no banco dos réu, ao lado de Sadam Hussein. E nós, uma boa parte de nós que aplaude ou consente, devia, em boa verdade, sentar-se também a seu lado. Assim o banco chegasse e justiça houvesse.
E no entanto, o sr. José Manuel Fernandes, director do Público – um dos jornalistas e comentadores políticos que em Portugal mais apoiou a invasão do Iraque - ainda há dias, a propósito da passagem do 3º ano da invasão, escrevia, muito ufano, que mantinha a mesma opinião e que se fosse hoje voltaria a defender a intervenção americana.
Com “opinion makers” como este, bem podem os Bushs deste mundo dormir descansados!
E o mais grave é que o mundo está cheio de Josés Manuel Fernandes! Os nosso valores merecem.
Recorte da notícia no "Metro", acima citada
e em que se baseiam os meus comentários
e em que se baseiam os meus comentários
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Para ler devagar, também pode (eu autorizo) aceder ao meu blogue
http://escritosoutonais.blogspot.com
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