VÁRIOS
Ainda as caricaturas de Maomé
A polémica está instalada. Todo o Ocidente bem pensante se levanta inflamado (e quanto mais à direita, e mais racista, neste caso, mais inflamado é) em de defesa do direito de expressão. Recordam-se casos de filmes famosos que “gozavam” com valores enraizados da nossa cultura, como A Última Tentação de Cristo, Je vous salue Marie, As Horas de Maria que levantaram por isso grande celeuma nos meios mais conservadores, mas que a opinião publica acabou por assimilar e blá, blá, blá, por aí fora...
Esquecem, no entanto, esses paladinos da liberdade de expressão a qualquer preço que uma coisa é nós rirmos dos valores da civilização em que nos inserimos e outra, bem diferente, é troçarmos dos valores de outras civilizações, (que não têm que aturar os nossos dislates) das quais não percebemos nada e de cuja hostilização não temos nada a ganhar.
Liberdade de expressão sim, mas primeiro o bom senso, dizia eu ontem.Assim o entende também o director do Público, José Manuel Fernandes no seu editorial, de hoje que tem como título “O limite do bom senso” e escreve a seguir “Para que nunca haja limites à liberdade de expressão, esta deve ser usada de forma responsável”
A polémica está instalada. Todo o Ocidente bem pensante se levanta inflamado (e quanto mais à direita, e mais racista, neste caso, mais inflamado é) em de defesa do direito de expressão. Recordam-se casos de filmes famosos que “gozavam” com valores enraizados da nossa cultura, como A Última Tentação de Cristo, Je vous salue Marie, As Horas de Maria que levantaram por isso grande celeuma nos meios mais conservadores, mas que a opinião publica acabou por assimilar e blá, blá, blá, por aí fora...
Esquecem, no entanto, esses paladinos da liberdade de expressão a qualquer preço que uma coisa é nós rirmos dos valores da civilização em que nos inserimos e outra, bem diferente, é troçarmos dos valores de outras civilizações, (que não têm que aturar os nossos dislates) das quais não percebemos nada e de cuja hostilização não temos nada a ganhar.
Liberdade de expressão sim, mas primeiro o bom senso, dizia eu ontem.Assim o entende também o director do Público, José Manuel Fernandes no seu editorial, de hoje que tem como título “O limite do bom senso” e escreve a seguir “Para que nunca haja limites à liberdade de expressão, esta deve ser usada de forma responsável”
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Citações
Citações
“Olha-se para os indicadores económicos portugueses e vemos o retrato de um país moribundo. Olha-se para os lucros dos bancos e parecemos um tigre asiático”
Pedro Marques Pereira
Diário Económico, 02-02-06
Claro, sacrifícios sim, mas não para todos!
(…) “A democracia que Bush, Blair e um certo ocidente bem pensante consideram panaceia universal só pode produzir no Médio Oriente,e no mundo islâmico em geral, uma absoluta catástrofe. Se houvesse eleições livres no Afeganistão, no Paquistão, na Síria, na Arábia, no Egipto, na Líbia, na Tunísia, na Argélia e em Marrocos, desaparecia num minuto toda a gente com a mais vaga veleidade de negociar ou conviver com o Grande Satã americano e o Pequeno Satã da velha Europa. (…)”
Vasco Pulido Valente
Público, 3-2-06
Era isto exactamente o que eu dizia no meu “post” de 30-1-06. Com a mania de intervir nos países do Médio Oriente e impor o seu conceito de democracia, a radicalização dos povos da região será cada vez maior e os Hamas vão ali proliferar como cogumelos.
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"A única via sensata que Alegre tem para obter peso e influência é fortalecer uma facção no PS que obrigue Sócrates, Sócrates o primeiro-ministro, Sócrates o secretário-geral e Sócrates o recente coordenador partidário, a uma negociação e cuidado permanentes."
Pedro Lomba.
DN, 3-2-006
É exactamente o que penso e já aqui defendi. Manuel Alegre que se deixe de movimentos de cidadania que não vão reistir à usura do tempo, e que tente melhorar o partido a que pertence, por dentro.
“Com o mundo num impasse político, entalado entre fundamentalismos vários e um modelo capitalista que agrada a poucos, Bento XVI pressentiu uma janela de oportunidade. Em vez de se ocupar a impor regras morais aos homens, preferiu realçar a necessidade de fazer o bem. Deus Caritas Est é a terceira via do Vaticano uma viragem à esquerda de matriz liberal, com a qual o Papa tenta conquistar um mundo insatisfeito e carente de orientações”
João Miguel Tavares
DN. 3-2-2006
Que remédio! É que com o capitalismo selvagem que nos tem sido imposto não vamos a lado nenhum. Até a Igreja, conservadora por natureza, sabe isso
"A única via sensata que Alegre tem para obter peso e influência é fortalecer uma facção no PS que obrigue Sócrates, Sócrates o primeiro-ministro, Sócrates o secretário-geral e Sócrates o recente coordenador partidário, a uma negociação e cuidado permanentes."
Pedro Lomba.
DN, 3-2-006
É exactamente o que penso e já aqui defendi. Manuel Alegre que se deixe de movimentos de cidadania que não vão reistir à usura do tempo, e que tente melhorar o partido a que pertence, por dentro.
“Com o mundo num impasse político, entalado entre fundamentalismos vários e um modelo capitalista que agrada a poucos, Bento XVI pressentiu uma janela de oportunidade. Em vez de se ocupar a impor regras morais aos homens, preferiu realçar a necessidade de fazer o bem. Deus Caritas Est é a terceira via do Vaticano uma viragem à esquerda de matriz liberal, com a qual o Papa tenta conquistar um mundo insatisfeito e carente de orientações”
João Miguel Tavares
DN. 3-2-2006
Que remédio! É que com o capitalismo selvagem que nos tem sido imposto não vamos a lado nenhum. Até a Igreja, conservadora por natureza, sabe isso
3 Comments:
António,
Hoje entrei no seu blog e li os seus comentários sobre assuntos comentados por jornalistas. Numa visão distraída sobre as charges a respeito do profeta maomé a minha opinião foi de que e daí que se brinque com o Maomé, o Cristo ou um outro, mas lendo o seu comentário refleti sobre a questão de se "brincar" com os seus valores e o de se "brincar" com os valores do outro.Há uma grande diferença!e você está certo.
Beijos
Ana Maria
By Anónimo, at 03 fevereiro, 2006 18:17
Tudo muito bem. Admito a indignação da comunidade muçulmana, mas nós temos os nossos valores entre os quais a liberdade de expressão, E esta é um valor de que não podemos abdicar
V.S.
By Anónimo, at 07 fevereiro, 2006 11:10
Meu caro Amigo,
Também partilho do apego a esse valor, Só que não há valores absolutos. Eu não me sentirei menos livre de me exprimir, antes pelo contrário, se me interrogar, antes de o fazer, em que medida esse meu valor pode colidir com os valores de outros E não esqueçamos que as caricaturas em questão foram encomendadas e difundidas por um jornal de extrema direita, .com o fim único de provocar, lesando os valores de terceiros
By António Melenas, at 07 fevereiro, 2006 11:12
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