ALGUNS COMENTÁRIOS
Manuel Alegre e a sua cidadania
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Afinal, Manuel Alegre e o seus apoiantes sempre pretendem levar avante a sua ideia de se constituirem como um fórum, grupo de reflexão, movimento cívico, ou coisa que o valha. Avisadamente não avançam para a formação de um novo Partido – o que seria um perfeito disparate, tendo em conta o que aconteceu com anteriores experiências nesse sentido, nomeadamente, por se tratar do caso mais paradigmático, a do PRD.
Já a opinião de alguns de que deve desistir da sua condição de deputado e que ele parece disposto a seguir, é absolutamente errada. Se Manuel Alegre entende que as regras democráticas não funcionam como ele gostaria de ver no seu partido, é dentro dele que, moralizado pelo resultado que obteve nas eleições, deve canalizar todos os esforços para que as coisas se modifiquem.
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Que é que eu tenho a ver com isso?
Tenho tudo a ver, pois sou um cidadão que se preocupa com a saúde democrática do nosso país e ela será tanto melhor quanto melhor funcionar a vida democrática dos principais partidos. No caso particular do PS será tanto melhor quanto mais PS ele for, já que muito pouco PS se tem revelado e com tendências para, com José Sócrates, o ser cada vez menos.
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De repente, todos os analistas desataram a botar faladura acentuando o desprestígio dos partidos e o facto de ser esse desprestígio que levou ao bom resultado dos candidatos concorrentes à margem dos partidos. A admitir essa hipótese, que a realidade dos factos, aliás, desmente, uma vez que Cavaco Silva teve, na prática o apoio (se não pedido, pelo menos consentido) dos partidos de direita, ainda não encontrei um só bendito analista que reconhecesse que, pelo menos com o Partido Comunista essa tese não se funciona, uma vez que, nestas eleições, o resultado obtido pelo candidato que propôs e apoiou, viu subir os resultados relativamente aos das suas participações em eleições anteriores.
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A verdade é só uma: Cavaco ganhou em parte porque os eleitores quiseram punir a política de Sócrates, mas sobretudo porque Sócrates demorou em apresentar um candidato e quando o fez, tarde e a más horas, inventou um candidato para perder.
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Ainda o Hamas
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Vale a pena ler o editorial de Eduardo Dâmaso no DN de hoje
Começa assim:
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“A vitória do Hamas coloca ao mundo um dos seus mais complexos desafios. O Ocidente nada mudará no Médio Oriente se o seu padrão político continuar a ser aquele que é dado pelas posições norte-americanas, europeias e israelitas, que apontam para sublinhar o carácter terrorista do Hamas e pela impossibilidade de dialogar, negociar, ou mesmo avançar para um corte radical nas ajudas externas aos territórios palestinianos.
Compreende-se que o façam agora numa perspectiva maximalista para poderem mais tarde negociar em vantagem. Mas ao ir às eleições o Hamas escolhe o campo institucional, o que abre uma oportunidade de ouro para ensaiar uma mudança de paradigma na política palestiniana, menos assente na lógica pura da guerra e mais numa normalização política pelos padrões próprios da democracia.
Afinal, o que fazer com esta vitória? Esta é a questão que se coloca tanto ao Ocidente como ao próprio Hamas, e ao mundo árabe em geral, e que exige respostas pragmáticas de todos os lados.”
E termina deste modo:
Gerir um movimento de oposição que se movimento sobretudo pelos códigos militares da guerra não é o mesmo que dirigir uma máquina de Estado e jogar pelas regras democráticas. Portanto, tanto o Hamas como os seus opositores vão ter de guiar-se mais pelo pragmatismo do que por convicções ideológicas. É este o único "mapa para a paz" possível no Médio Oriente.”
É isso mesmo.
As democracias ocidentais têm, (se não por respeito à regras democráticas e à vontade dos povos que defendem quando lhes convêm) pelo menos por pragamatismo, de não andar a reboque dos Estados Unidos que, em matéria de disparates têm sido uns mestres. Aliás, convém não esquecer que o Hamas foi criado com o beneplácito de Israel e dos americanos, naturalmente. Já fora assim com o Bin Laden, com Sadat e tantos outros…é o que se chama cuspir para o ar cair-lhes o cuspo na cara. Só é pena que haja sempre quem, solícito e servil, os vá ajudar a limpar a cara
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Por outro lado, tal como referi no meu escrito de 17-1-2006 (Começo a desonfiar que estes jornalistas me andam a copiar o blogue, eh, eh, eh) os funtamentalistas no poder são sempre bem menos fundamentalistas que na oposição e sê-lo-ão ainda muito menos, se em vez de os hostilizarem os ouvirem e com eles dialogarem
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Neve
Grande parte do país acordou hoje coberto com uma manto de neve, mesmo em sítios onde nunca antes nevara,o que é um espectáculo (lindo de ver ( excepto para os sem-abrigo e sem roupa adequada) . Enquanto escrevo já recebi notícia de familiares de que a aldeia de minha mulher (Moitas-Venda-Alcanena) está toda branquinha e está a nevar em Sacavém, em alguns locais de Lisboa e mesmo aqui em algumas zonas de Almada.
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Futebol (e porque não?)
Praticando um futebol digno de se ver, o Sporting foi ao estádio das Aguias derrotar o seu eterno rival por 3-1.
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Não é notícia? Ai não, que não é!
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Afinal, Manuel Alegre e o seus apoiantes sempre pretendem levar avante a sua ideia de se constituirem como um fórum, grupo de reflexão, movimento cívico, ou coisa que o valha. Avisadamente não avançam para a formação de um novo Partido – o que seria um perfeito disparate, tendo em conta o que aconteceu com anteriores experiências nesse sentido, nomeadamente, por se tratar do caso mais paradigmático, a do PRD.
Já a opinião de alguns de que deve desistir da sua condição de deputado e que ele parece disposto a seguir, é absolutamente errada. Se Manuel Alegre entende que as regras democráticas não funcionam como ele gostaria de ver no seu partido, é dentro dele que, moralizado pelo resultado que obteve nas eleições, deve canalizar todos os esforços para que as coisas se modifiquem.
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Que é que eu tenho a ver com isso?
Tenho tudo a ver, pois sou um cidadão que se preocupa com a saúde democrática do nosso país e ela será tanto melhor quanto melhor funcionar a vida democrática dos principais partidos. No caso particular do PS será tanto melhor quanto mais PS ele for, já que muito pouco PS se tem revelado e com tendências para, com José Sócrates, o ser cada vez menos.
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De repente, todos os analistas desataram a botar faladura acentuando o desprestígio dos partidos e o facto de ser esse desprestígio que levou ao bom resultado dos candidatos concorrentes à margem dos partidos. A admitir essa hipótese, que a realidade dos factos, aliás, desmente, uma vez que Cavaco Silva teve, na prática o apoio (se não pedido, pelo menos consentido) dos partidos de direita, ainda não encontrei um só bendito analista que reconhecesse que, pelo menos com o Partido Comunista essa tese não se funciona, uma vez que, nestas eleições, o resultado obtido pelo candidato que propôs e apoiou, viu subir os resultados relativamente aos das suas participações em eleições anteriores.
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A verdade é só uma: Cavaco ganhou em parte porque os eleitores quiseram punir a política de Sócrates, mas sobretudo porque Sócrates demorou em apresentar um candidato e quando o fez, tarde e a más horas, inventou um candidato para perder.
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Ainda o Hamas
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Vale a pena ler o editorial de Eduardo Dâmaso no DN de hoje
Começa assim:
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“A vitória do Hamas coloca ao mundo um dos seus mais complexos desafios. O Ocidente nada mudará no Médio Oriente se o seu padrão político continuar a ser aquele que é dado pelas posições norte-americanas, europeias e israelitas, que apontam para sublinhar o carácter terrorista do Hamas e pela impossibilidade de dialogar, negociar, ou mesmo avançar para um corte radical nas ajudas externas aos territórios palestinianos.
Compreende-se que o façam agora numa perspectiva maximalista para poderem mais tarde negociar em vantagem. Mas ao ir às eleições o Hamas escolhe o campo institucional, o que abre uma oportunidade de ouro para ensaiar uma mudança de paradigma na política palestiniana, menos assente na lógica pura da guerra e mais numa normalização política pelos padrões próprios da democracia.
Afinal, o que fazer com esta vitória? Esta é a questão que se coloca tanto ao Ocidente como ao próprio Hamas, e ao mundo árabe em geral, e que exige respostas pragmáticas de todos os lados.”
E termina deste modo:
Gerir um movimento de oposição que se movimento sobretudo pelos códigos militares da guerra não é o mesmo que dirigir uma máquina de Estado e jogar pelas regras democráticas. Portanto, tanto o Hamas como os seus opositores vão ter de guiar-se mais pelo pragmatismo do que por convicções ideológicas. É este o único "mapa para a paz" possível no Médio Oriente.”
É isso mesmo.
As democracias ocidentais têm, (se não por respeito à regras democráticas e à vontade dos povos que defendem quando lhes convêm) pelo menos por pragamatismo, de não andar a reboque dos Estados Unidos que, em matéria de disparates têm sido uns mestres. Aliás, convém não esquecer que o Hamas foi criado com o beneplácito de Israel e dos americanos, naturalmente. Já fora assim com o Bin Laden, com Sadat e tantos outros…é o que se chama cuspir para o ar cair-lhes o cuspo na cara. Só é pena que haja sempre quem, solícito e servil, os vá ajudar a limpar a cara
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Por outro lado, tal como referi no meu escrito de 17-1-2006 (Começo a desonfiar que estes jornalistas me andam a copiar o blogue, eh, eh, eh) os funtamentalistas no poder são sempre bem menos fundamentalistas que na oposição e sê-lo-ão ainda muito menos, se em vez de os hostilizarem os ouvirem e com eles dialogarem
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Neve
Grande parte do país acordou hoje coberto com uma manto de neve, mesmo em sítios onde nunca antes nevara,o que é um espectáculo (lindo de ver ( excepto para os sem-abrigo e sem roupa adequada) . Enquanto escrevo já recebi notícia de familiares de que a aldeia de minha mulher (Moitas-Venda-Alcanena) está toda branquinha e está a nevar em Sacavém, em alguns locais de Lisboa e mesmo aqui em algumas zonas de Almada.
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Futebol (e porque não?)
Praticando um futebol digno de se ver, o Sporting foi ao estádio das Aguias derrotar o seu eterno rival por 3-1.
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Não é notícia? Ai não, que não é!
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