ENQUANTO E NAO

sábado, janeiro 28, 2006

ORLANDO DA COSTA

Faleceu ontem o escritor e democrata Orlando da Costa.

Este é um daqueles amigos, cujo passamento este meu diário não podia ignorar


Orlando da Costa nasceu em Lourenço Marques, hoje Maputo, em Julho de 1929. Vivida a infância e a juventude em Goa, vem aos 18 anos para Lisboa, licenciando-se na Faculdade de Letras em Ciências Histórico-Filosóficas.Na Casa dos Estudantes do Império, nos anos 50, conviveu estreitamente com alguns dos futuros dirigentes da FRELIMO, MPLA e PAIGC.Publica A Estrada e a Voz, seu primeiro livro de poesia, em 1951, Os Olhos sem Fronteira em 1953, Sete Odes do Canto Comum em 1955 e Canto Civil em 1979, colectânea que inclui as obras anteriores e O Coração e o Tempo. Autor de peças de teatro Sem Flores nem Coroas, 1971 (reeditada em 2003 na colecção de teatro da Sociedade Portuguesa de Autores/Publicações Dom Quixote) e A como estão os cravos hoje?, 1984, premiada pela Seiva Trupe, publicou os romances O Signo da Ira, Prémio Ricardo Malheiros da Academia das Ciências de Lisboa, 1961, Podem Chamar-me Eurídice, 1964, Os Netos de Norton, Prémio Complementar «Eça de Queirós» de Literatura 1994, da Câmara Municipal de Lisboa, e em 2000, O Último Olhar de Manú Miranda e Vocações/Evocações, que reúne, numa selecção muito intencional, o conjunto de poemas que constituem o seu modo de celebrar os 30 anos do 25 de Abril. Filiado no PCP, sofreu varias prisões durante a ditadura salazarista. Era pai de António Costa, actual ministro da Administração Inerna no governo PS e de Ricardo Costa, jornalista da SIC.
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E por hoje não me apetece escrever mais nada