ENQUANTO E NAO

quarta-feira, janeiro 18, 2006

A QUEDA CONTINUA!


Cavaco, que há 10 dias recolhia 61% das intenções de voto, tem vindo a descer a cada dia que passa, obtendo hoje, segundo a última sondagem apenas 53,2%. Tendo em conta que entre os eleitores hesitantes se contam, principalmente, habituais votantes de esquerda (e com razão, porque muito os tem decepcionado a actuação dos últimos governos) é muito animadora esta tendência descendente do candidato da direita, pois significa que essa tendência pode aumentar se os indecisos se decidirem.

Acordai, pois, ò indecisos!
Mexei-vos, ò comodistas!

Só depende de nós derrotar a direita nestas eleições. Digo a direita e não o Cavaco, porque este (ninguém se iluda com a pose) é apenas um insignificante e descartável instrumento daquela parte da nossa sociedade mortinha por fazer o ajuste de contas com o 25 de Abril. Gente ressabiada e revanchista , que sabe o que quer e, sobretudo, gente que não sabe o que quer e se deixa levar com a conversa do homem providencial – a mesma conversa, afinal, com que tantas vezes fomos tramados ao longo da nossa história.

Não há homens providenciais. Há povos esclarecidos ou menos esclarecidos. Há gente com memória e gente sem memória. É imperioso, no caso presente, que os que têm memória estejam despertos para a importância do próximo acto eleitoral. È que não é apenas um presidente da República que se vai eleger.

Desta vez, muito mais do que isso, é o sancionamento de tudo o que o 25 de Abril instituiu ou a sua rejeição pura simples e o regresso a práticas e concepções que aqueles que têm memória (e é só a esses que me dirijo) não podem de forma alguma aceitar.

A onda que parecia querer avassalar-nos está a querer desfazer-se. Saibamos nós aproveitar o refluxo, votando em massa no dia 22.


Vamos votar!
Vamos derrotar a direita!

Como na Comuna de Paris, digamos para nós mesmos:
Oh, çà ira, çà ira, çà ira!