Ano novo, vida cara
Como se esperava o primeiro dia do ano começou com a entrada em vigor de um já anunciado aumento do custo de determinados produtos e serviços.
Assim, para já, para já, temos:
Títulos de transporte:……………………………........... 2,3%
Portagens da Brisa …………………………….............. 2,8%
Portagens na pontes 25 de Abril e Vasco da Gama 5,0%
Electricidade……………………………................ 1,2% a 2,3%
Gasolina ……………………………………….................... 3,7%
Rendas de casa …………………………………............... 2,1%
Imposto automóvel …………………………….............. 2,3%
IMT (antiga Sisa) ……………………………….............. 4,37%
Tabaco ………………………………………….................... 15,%
Por outro lado, temos o aumento de salários de 1,5% previsto para a função pública ( que o governo recomenda não seja excedido pelas empresas privadas), e que representa uma perda de 8% do poder de compra;
O aumento de apenas 3% no salário mínimo – o que significa um aumento de apenas o,7% em relação à inflação;
A redução de benefícios fiscais por parte dos reformados,
Tudo junto, dá uma ideia dos problemas porque vão passar as classes menos favorecidas da sociedade portuguesa – ou seja a sua grande maioria.
Todos os anos é assim e as condições de crise que atravessamos podem justificar que este ano os sacrifícios que nos são pedidos sejam particularmente severos. Muito bem.
Tudo estaria certo se a gente visse que os sacrifícios que nos são pedidos atingissem, na mesma proporção (Eu diria mais: numa maior proporção) os elementos mais favorecidos da sociedade a que pertencemos.
É isto um lugar comum?
É. Mas vale a pena repeti-lo e eu repeti-lo-ei, até à exaustão, até que deixe de o ser.
Porque não seguem os nossos governantes a iniciativa de Evo Morales, o recém-eleitoPresidente da Bolívia que já prometeu abdicar de 50% do vencimento que lhe cabe pelo exercício das suas funções?
É demagogia? É populismo barato?
Será. Mas atitudes como esta ajudam os mais sacrificados a aceitar com mais resignação os sacrifícios que, por norma, é sempre sobre os seus combros que mais pesadamente recaem.
E o que me dá na gana, hoje, é dizer que é tempo de não ser só o mexilhão a lixar-se quando o mar bate na rocha.
1 Comments:
felicidades!
me gusto lo que escribes en tu blog.
el ojo se abre dependiendo del obejto de su vision.
saludos,
eduardo-aikidoka
By Edu Aiki, at 02 janeiro, 2006 16:41
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