COMENTÀRIOS
Delgado dixit
Este já tardava.Diz hoje no DN:
A vitória do Hamas é uma tragédia para a Palestina, para Israel, para os EUA, e para a Europa. Nada de ilusões. Diga-se o que se disser, mesmo aquelas frases de ocasião e muito democráticas, os fanáticos que obtiveram a maioria na Palestina têm a mesma raiz e natureza dos grupos terroristas que estão na génese das maiores catástrofes a que o mundo tem assistido.
Claro. E não é só na Palestina que as nações árabes se estão a virar para o fundamentalismo. Qual será o motivo porque no Irão, onde se desenhava um tendência para uma maior abertura, acabou por ganhar a ala mais mais radical? Qual será, qual será senhor Delgado?
E no Iraque? Aí então verifica-se um fenómeno muito curioso: É que são os próprios americanos que estão a ajudar ao estabelecimento de um estado confessional xiita, aparentado com o do Irão e, até certo ponto do Hamas. Esperem pela pancada.
Mas, continua o sr. Delgado
Como lidar com eles? Em primeiro lugar é deixar que sejam os próprios palestinianos a resolver o seu dilema, ao permitir que um movimento com estas características de extremismo esteja legalizado e apto a concorrer a eleições legislativas. E essa reacção, violenta, vai gerar uma guerra civil no exíguo território palestiniano, já visível e dramaticamente pressentida.
Vá lá, vá lá. Aqui, o rapaz até demonstra algum bom senso. Pede-se moderação às nações ocidentais mas também à derrotada e inconformada Fatah. Caso contrário a coisa vai ficar feia (mais feia) por aquelas bandas.
* * * *
Portugesmente falando:
Ouço com frequência na rádio e na TV, pessoas (que tinham obrigação de o não fazerem) utilizarem a expressão “midia” em vez de “media”, para se referirem aos órgãos de informação. Julgo que será mais por snobismo do que por ignorância. Na verdade “média” é o plural da palavra latina “médium”. Sendo assim, porque é que raio de carga de água, nós, latinos, teremos de pronunciar uma palavra latina, à inglesa? Vê-se cada uma!
Outra coisa com que embirro é ouvir e ler frases como esta. Só nesse altura realizei que me tinha esquecido das chaves em casa.. Meus senhores em português o verbo realizar é transitivo e significa “fazer”, “efectuar”. Não significa “concluir que…”. O verbo inglês to realize é que significa “concluir que…”. Então deixemos esse verbo para quando falarmos inglês. Tá?
E o emprego do Presente do Indicativo em vez do Passado? Isso então é uma praga! A toda a hora se ouve na rádio e na TV: “Quando ontem chegamos a casa”. Não é chegamos, senhores, é chegámos!
Este já tardava.Diz hoje no DN:
A vitória do Hamas é uma tragédia para a Palestina, para Israel, para os EUA, e para a Europa. Nada de ilusões. Diga-se o que se disser, mesmo aquelas frases de ocasião e muito democráticas, os fanáticos que obtiveram a maioria na Palestina têm a mesma raiz e natureza dos grupos terroristas que estão na génese das maiores catástrofes a que o mundo tem assistido.
Claro. E não é só na Palestina que as nações árabes se estão a virar para o fundamentalismo. Qual será o motivo porque no Irão, onde se desenhava um tendência para uma maior abertura, acabou por ganhar a ala mais mais radical? Qual será, qual será senhor Delgado?
E no Iraque? Aí então verifica-se um fenómeno muito curioso: É que são os próprios americanos que estão a ajudar ao estabelecimento de um estado confessional xiita, aparentado com o do Irão e, até certo ponto do Hamas. Esperem pela pancada.
Mas, continua o sr. Delgado
Como lidar com eles? Em primeiro lugar é deixar que sejam os próprios palestinianos a resolver o seu dilema, ao permitir que um movimento com estas características de extremismo esteja legalizado e apto a concorrer a eleições legislativas. E essa reacção, violenta, vai gerar uma guerra civil no exíguo território palestiniano, já visível e dramaticamente pressentida.
Vá lá, vá lá. Aqui, o rapaz até demonstra algum bom senso. Pede-se moderação às nações ocidentais mas também à derrotada e inconformada Fatah. Caso contrário a coisa vai ficar feia (mais feia) por aquelas bandas.
* * * *
Portugesmente falando:
Ouço com frequência na rádio e na TV, pessoas (que tinham obrigação de o não fazerem) utilizarem a expressão “midia” em vez de “media”, para se referirem aos órgãos de informação. Julgo que será mais por snobismo do que por ignorância. Na verdade “média” é o plural da palavra latina “médium”. Sendo assim, porque é que raio de carga de água, nós, latinos, teremos de pronunciar uma palavra latina, à inglesa? Vê-se cada uma!
Outra coisa com que embirro é ouvir e ler frases como esta. Só nesse altura realizei que me tinha esquecido das chaves em casa.. Meus senhores em português o verbo realizar é transitivo e significa “fazer”, “efectuar”. Não significa “concluir que…”. O verbo inglês to realize é que significa “concluir que…”. Então deixemos esse verbo para quando falarmos inglês. Tá?
E o emprego do Presente do Indicativo em vez do Passado? Isso então é uma praga! A toda a hora se ouve na rádio e na TV: “Quando ontem chegamos a casa”. Não é chegamos, senhores, é chegámos!
2 Comments:
É verdade... a língua portuguesa é muito mal tratada. Da escrita à oralidade cada vez é pior. Faz tempo que já não ouvimos falar do Castêlo da Maia, um arqueísmo que os locutores mesmo os que não são tripeiros persistem em pronunciar, como se não tivessem dado pelo facto de que há muito que o castêlo, passou a ser castelo. Enfim, a ignorância tem destas coisas, como por exemplo ouvir altos responsáveis dizer despoletar, no sentido de impulsionar, ao invés de espoletar. Sem espoleta o engenho não pode detonar...
By Cantar ao Sol e à Lua, at 31 janeiro, 2006 18:05
É verdade existe tambem essa aleivosia, mas essa está tão entranhada, que julgo que não há volta a dar-lhe
By António Melenas, at 01 fevereiro, 2006 13:43
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