MAGNATAS e etc
A Opa sobre a PT
As primeiras páginas dos jornais de hoje e os noticiários da Rádio e da TV dão o maior destaque à OPA que a Sonae de Belmiro de Azevedo pretende lançar sobre a PT e PTmultimédia.Tudo leva querer que também a France Telecom e a Telefonica se envolvam nesta guerra. Animam-se alguns com a ideia de que o eventual fim do monopólio possa proporcionar aos utentes melhor e mais barato acesso à comunicação multimédia. Eu penso que se tratará sempre da substituição de um monopólio por outro e que nós, só momentaneamente, poderemos a ganhar algo com estas lutas de galos..
São estes senhores, ao fim ao cabo, quem comanda os nossos destinos - os quais serão sempre dependentes daquilo que sobrar do seu apetite voraz na obtenção insaciável de lucros.
E a nós, a muitos de nós, resta-nos a consolação de nos ufanarmos pela benesse incomparável de dizermos mal deles ou de quem, ou de quê, nos aprouver. Eles deixam. Eles não se importam. Eles sabem como essa consolação nos faz babar de gozo e quão pouca mossa lhes ocasiona.
Bill Gates, o empresário
Diogo Pires Aurélio na sua crónica de hoje no DN escreve que a recepção feita ao magnata da Microsoft faz lembrar Alice no País da maravilhas. A mim faz-me lembrar mais a uma imagem da Branca de Neve e os Sete Anões na versão animada da Disney. São os mesmos atarracados homenzinhos babados e serviçais diante da aura de dollars que ilumina a fronte desta augusta donzela. Quem ficou mal nos retratos foram eles. O empresário fez o seu papel.
Bil Gates, o filantropo
Alguns humoristas da nossa praça (ai humor, humor, a quanto obrigas!) e até cronistas ditos resposáveis fartaram-se de “gozar”, nuns casos, e de criticar , noutros, o facto de o Presidente da República ter condecorado Bill Gates pela sua acção filantrópica. Estiveram errados, a meu ver, esses que o criticaram.
O homem ganha muito dinheiro mas gosta de o repartir e fá-lo com humildade e sem alardes. Ah, isso é uma forma de ganhar prestígio e, em consequência, mais dinheiro. Será, mas outros, muitíssimo ricos também, não o fazem. Ele sozinho faz mais pelo combate à malária e à propagação da sida em África do que todos os governos do mundo juntos, muito especialmente nos países dos PALOP – a comunidade de povos de língua Portuguesa em que o nosso país se insere. Nada mais justo, pois, que Portugal lhe preste homenagem, pela sua acção como filantropo.
O seu, a seu dono.
Citação
(…) É aí (no jornal Jylands- Posten) que surgem as 12 caricaturas e um editorial em que se invectivam os muçulmanos, desafiados a aprender que a liberdade de expressão deve implicar “blasfemar e humilhar o Islão”. Sabe-se agora, segundo o diário britânico Guardian que o mesmo jornal tinha rejeitado há três anos a publicação de caricaturas de Cristo, por correrem o risco de ser consideradas ofensivas para os seus leitores”
As primeiras páginas dos jornais de hoje e os noticiários da Rádio e da TV dão o maior destaque à OPA que a Sonae de Belmiro de Azevedo pretende lançar sobre a PT e PTmultimédia.Tudo leva querer que também a France Telecom e a Telefonica se envolvam nesta guerra. Animam-se alguns com a ideia de que o eventual fim do monopólio possa proporcionar aos utentes melhor e mais barato acesso à comunicação multimédia. Eu penso que se tratará sempre da substituição de um monopólio por outro e que nós, só momentaneamente, poderemos a ganhar algo com estas lutas de galos..
São estes senhores, ao fim ao cabo, quem comanda os nossos destinos - os quais serão sempre dependentes daquilo que sobrar do seu apetite voraz na obtenção insaciável de lucros.
E a nós, a muitos de nós, resta-nos a consolação de nos ufanarmos pela benesse incomparável de dizermos mal deles ou de quem, ou de quê, nos aprouver. Eles deixam. Eles não se importam. Eles sabem como essa consolação nos faz babar de gozo e quão pouca mossa lhes ocasiona.
Bill Gates, o empresário
Diogo Pires Aurélio na sua crónica de hoje no DN escreve que a recepção feita ao magnata da Microsoft faz lembrar Alice no País da maravilhas. A mim faz-me lembrar mais a uma imagem da Branca de Neve e os Sete Anões na versão animada da Disney. São os mesmos atarracados homenzinhos babados e serviçais diante da aura de dollars que ilumina a fronte desta augusta donzela. Quem ficou mal nos retratos foram eles. O empresário fez o seu papel.
Bil Gates, o filantropo
Alguns humoristas da nossa praça (ai humor, humor, a quanto obrigas!) e até cronistas ditos resposáveis fartaram-se de “gozar”, nuns casos, e de criticar , noutros, o facto de o Presidente da República ter condecorado Bill Gates pela sua acção filantrópica. Estiveram errados, a meu ver, esses que o criticaram.
O homem ganha muito dinheiro mas gosta de o repartir e fá-lo com humildade e sem alardes. Ah, isso é uma forma de ganhar prestígio e, em consequência, mais dinheiro. Será, mas outros, muitíssimo ricos também, não o fazem. Ele sozinho faz mais pelo combate à malária e à propagação da sida em África do que todos os governos do mundo juntos, muito especialmente nos países dos PALOP – a comunidade de povos de língua Portuguesa em que o nosso país se insere. Nada mais justo, pois, que Portugal lhe preste homenagem, pela sua acção como filantropo.
O seu, a seu dono.
Citação
(…) É aí (no jornal Jylands- Posten) que surgem as 12 caricaturas e um editorial em que se invectivam os muçulmanos, desafiados a aprender que a liberdade de expressão deve implicar “blasfemar e humilhar o Islão”. Sabe-se agora, segundo o diário britânico Guardian que o mesmo jornal tinha rejeitado há três anos a publicação de caricaturas de Cristo, por correrem o risco de ser consideradas ofensivas para os seus leitores”
Passagem do editorial do DN (António José Teixeira) de 7-2-06
..
Pois, pois! A liberdade de expressão só funciona quando serve para humilhar os outros. O resultado está â vista
..
Pois, pois! A liberdade de expressão só funciona quando serve para humilhar os outros. O resultado está â vista
2 Comments:
Só não concordo com essa do meu amigo Bill não fazer alarde da sua filantropia. Ele, ele mesmo, mesmo, mesmo, não precisa de fazer alarde. Tem empregados que se encarregam disso. Ele só tem de ir receber as condecorações.
Luis Gaspar
By Anónimo, at 08 fevereiro, 2006 00:51
Pelo menos no que se refere à que lhe foi atribuida pelo Presidente da República Portuguesa e pelas razões que foi, não nega o meu Amigo Luís Gaspar, estou certo,de que foi inteiramente merecida.
Quanto ao alarde que ele não precisa de fazer, "mais bien sur, mon cher", o filantropo é também empresário. Para que servem os acessores?
By António Melenas, at 08 fevereiro, 2006 01:52
Enviar um comentário
<< Home