Curtas
As más companhias
Mário Soares anda muito entusiasmado com a nova fase da sua campanha, agora que o PS passou a participar, de forma mais visível, na sua campanha eleitoral. Apoiado na sabedoria popular expressa no ditado"antes só que mal acompanhado", duvido que ganhe alguma coisa em ver o seu nome associado a companhias neste momento pouco recomendáveis para o fim que se propõe: a eleição.
É que este Governo d PS teve a deshabilidade rara de, em escassos meses de governação, concitar (não discuto se justa, se injustamente) o desamor de tão vasto espectro da sociedade portuguesa, como não me lembro de ter presenciado. É caso para dizer, parafraseando Churchil, que nunca tão poucos desagradaram a tantos em tão pouco tempo.
Bem andaria, pois, o candidato Mário Soares em evitar quanto pudesse, que o seu nome aparecesse tão ligado a um governo em relação ao qual existe tão amplo ressentimento. Ele até nem morre de amor por Sócrates, toda a gente o sabe!
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Os Crucifixos
Portugal não tem um regime confessional.
Determina a Constituição que haja inteira separação entre a Igreja e o Estado.
A Constituição não permite, portanto, a ostentação de símbolos religiosos nas escolas públicas.
O crucifixo é um símbolo religioso.
Logo, o crucifixo não pode estar afixado nas escolas públicas.
Ponto final, parágrafo.
Qual a razão então do ruído à volta dos crucifixos?
Ele só existe porque este Governo, subtil que nem um elefante em loja de porcelanas, se lhe meteu na cabeça travar batalhas em todas as frentes, ao mesmo tempo e sem qualquer sentido de oportunidade como se toda a gente não soubesse que só se parte para uma batalha depois de consolidadas as posições ganhas na batalha anterior.
Era sangria desatada a questão dos crucifixos nas escolas? Era o ambiente de campanha eleitoral a altura mais indicada para a levantar? Ora abóbora!
A este propósito, um episódio elucidativo:
Há dias, estávamos discutindo este assunto em famílai, quando o meu neto, de 16 anos interveio: - Mas que história é essa dos crucifixos nas escolas? Nunca vi nada disso nas escolas por onde andei. E um sobrinho, de nove anos, com ar mais intrigado deste mundo : Crucifixos? O que é isso?Volto, pois, a perguntar.
Para quê tanta pressa em levantar um problema que não existe?
Mário Soares anda muito entusiasmado com a nova fase da sua campanha, agora que o PS passou a participar, de forma mais visível, na sua campanha eleitoral. Apoiado na sabedoria popular expressa no ditado"antes só que mal acompanhado", duvido que ganhe alguma coisa em ver o seu nome associado a companhias neste momento pouco recomendáveis para o fim que se propõe: a eleição.
É que este Governo d PS teve a deshabilidade rara de, em escassos meses de governação, concitar (não discuto se justa, se injustamente) o desamor de tão vasto espectro da sociedade portuguesa, como não me lembro de ter presenciado. É caso para dizer, parafraseando Churchil, que nunca tão poucos desagradaram a tantos em tão pouco tempo.
Bem andaria, pois, o candidato Mário Soares em evitar quanto pudesse, que o seu nome aparecesse tão ligado a um governo em relação ao qual existe tão amplo ressentimento. Ele até nem morre de amor por Sócrates, toda a gente o sabe!
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Os Crucifixos
Portugal não tem um regime confessional.
Determina a Constituição que haja inteira separação entre a Igreja e o Estado.
A Constituição não permite, portanto, a ostentação de símbolos religiosos nas escolas públicas.
O crucifixo é um símbolo religioso.
Logo, o crucifixo não pode estar afixado nas escolas públicas.
Ponto final, parágrafo.
Qual a razão então do ruído à volta dos crucifixos?
Ele só existe porque este Governo, subtil que nem um elefante em loja de porcelanas, se lhe meteu na cabeça travar batalhas em todas as frentes, ao mesmo tempo e sem qualquer sentido de oportunidade como se toda a gente não soubesse que só se parte para uma batalha depois de consolidadas as posições ganhas na batalha anterior.
Era sangria desatada a questão dos crucifixos nas escolas? Era o ambiente de campanha eleitoral a altura mais indicada para a levantar? Ora abóbora!
A este propósito, um episódio elucidativo:
Há dias, estávamos discutindo este assunto em famílai, quando o meu neto, de 16 anos interveio: - Mas que história é essa dos crucifixos nas escolas? Nunca vi nada disso nas escolas por onde andei. E um sobrinho, de nove anos, com ar mais intrigado deste mundo : Crucifixos? O que é isso?Volto, pois, a perguntar.
Para quê tanta pressa em levantar um problema que não existe?
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