CURTAS
Sócrates diz “basta” a Jardim
Dn de 9-10-2006
Já não era sem tempo que alguém dissesse a este cacique que não pode desafiar e insultar impunemente e de forma permanente o governo central do país do qual o arquipélago que (des)governa faz parte. Há muito que alguém lhe deveria ter dito “basta”. Só que ao governante que agora teve a coragem de lho dizer (e aqui o louvo por isso) precisa povo português de ter a coragem de lhe dizer também, muto claramente “basta”. Basta de tentar resolver a crise em que más políticas de sucessivos governos mergulharam o país exclusivamente à custa dos mais desfavorecidos, dos trabalhadores por conta de outrem, dos reformados, dos que não podem fugir aos impostos. Basta de destruir e desvirtuar o Serviço Nacional de saúde.
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Prestações em divida multiplicam leilões de casas
Dn de 9-10-2006
Poie é. Os bancos, perante a passividade de diferente e sucessivos governos, têm incentivado a compra de habitação própria através de facilidades enganosas e agora, cobram a factura aqueles que aliciaram, obrigando os compradores incautos a terem de devolver as casa que não conseguem pagar devido ao aumento de juros e à perda progressiva e acelerado do compra, criando situações verdadeiramente dramáticas para muitos jovens casais vítimas da ganância de quem ardilosamente os engoda, mas também, diga-se, em parte pela nossa proverbial falta de planificação e controlo de despesas.
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Polícia e tiros na cabeça
Em meia dúzia de dias as forças policiais, em duas ocorrências diferentes mataram a tiro um jovem, e feriram mais dois um deles com gravidade. Tanto o morto do primeiro incidente como o ferido grave do segundo foram atingidos na cabeça e o menos grave numa omoplata. Não se trata, pois de tiros para os pés, tiros para os pneus, tiros destinados a imobilizar presumíveis delinquentes ou em legítima defesa. Trata-se de tiros para matar. Não haveria outra maneira de ter resolvido estes incidentes? Quanto mais não seja por um lado ensinar os guardas de que o seu papel é prender suspeitos e não mata-los e e, por acréscimo, treinámos a afinar a pontaria, para saberem que dos pés à cabeça vai uma distância razoável-
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Igreja acabou de vez com o Limbo
DN de 0-6-2006
Durante séculos se ouviu dizer que as criancinhas mortas sem baptismo não iam para o céu nem para o inferno mas sim para Limbo – uma espécie de jardim infantil para toda a eternidade onde as criancinhas permaneceriam sem poder gozar da contemplação de Deus, mas também sem sofrer (o que, convenhamos, devia ser uma coisa muito chata para os putos, a menos que lhes fornecessem regularmente brinquedos bolas de futebol, triciclos, game-boys e toda essa parafernália de que a catraiada necessita para se entreter. É que a eternidade é muiiiito tempo, meus amigos!)
Então e não é que, de acordo com o artigo hoje publicado no DN sob o título em epígrafe, o Vaticano, depois de tantos séculos a impingir-nos essa história do Limbo, está disposta a encerra-lo!
E vá lá uma pessoa dar muito crédito a essas histórias de céu e limbo e inferno--- bom o inferno esse, pelo menos a gente conhece. O que é a nossa vida, nos tempos que correm, senão um autêntico inferno? Ressalvo: nossa, mas não de todos. Há alguns para quem a vida deve ser o tal céu
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Veja também
DIÁRIO DE UM VAGABUNDO
no meu outro blogue
http://escritosoutonais.blogspot.com
2 Comments:
No caso da Madeira veremos se o "Basta" fica apenas pela palavra ou se vai um bocadinho mais além.
Prestações da casa: Não podemos esquecer que há muita gentinha que vive com o rei na barriga...
Polícia e tiros: Aqui está uma matéria complicada que dificilmente pode ser conciliada. De um lado a benevolência, do outro a mão dura. O meio termo seria o ideal, mas reconheço que nos tempos que correm é extremamente complicado.
Abraço.
By CORCUNDA, at 09 outubro, 2006 22:10
Quanto à actuação da polícia sou de opinião que deve ser firme e atirar mesmo em caso de necessidade extrema, mas deve ter treino suficiente para atirar de forma a apenas imolbilizar o infractor
Abraço
By António Melenas, at 09 outubro, 2006 22:31
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