ENQUANTO E NAO

sexta-feira, outubro 06, 2006

PROFESSORES e POLÍTICOS LADRÕES

Professores:“Maior marcha de sempre e aviso de greve a 17 e 18

“Objectivo atingido. A plataforma sindical tinha pedido pelo menos 15 mil pessoas na marcha nacional. Ontem à tarde, entre 20 e 25 mil professores e educadores percorreram a distância entre o Marquês de Pombal e o Rossio, naquela que passou a ser a maior concentração de sempre da classe. Foi a atmosfera ideal para um anúncio há muito aguardado: hoje, os sindicatos entregam um pré-aviso no Ministério da Educação. E, se as negociações não sofrerem uma reviravolta radical, há greve nos dias 17 e 18.”
DN de 6/10/2006

Impressionante não é? È claro que isto só foi possível devido ao poder hipnótico ou capacidade de sedução de Sucena Santos e de outros dirigentes sindicais. Não é o que dizem com frequência respeitáveis jornalistas e liders de opinião. Os professores até estão do lado da ministra os sindicatos é que são uns agitadores. Grande poder de persuasão terão estes dirigentes sindicais para convencer 25 mil professores a sacrificarem o seu dia de feriado, passando-o praticamente em viagem de vinda e regresso, de e para os mais distantes pontos do país para desfilarem durante uma hora nas ruas da capital a fim de demonstrarem à ministra e ao Governo que a suporta a sua indignação pela política miserável que contra eles se pretende urdir.
Ontem foi o dia de descanso que sacrificaram mas vários outros dias houve já e estão firmemente dispostos a repetir em que, sendo dias de trabalho, sacrificaram parte do seu vencimento.
Porque será, senhores (mal) iluminados comentadores da treta, que isto acontece? Serão parvos ou masoquistas todos estes milhares de professores?


Na sua alocução comemorativa da Implantação da República, Cavaco Silva, como já Jorge Sampaio o tinha feito no mesmo dia do ano passado, pós a sua tónica no combate à corrupção- combate que todos aplaudem e eu também, obviamente, mas houve uma frase sua em que talvez poucos tivessem reparado – ou não quisessem ter reparado tal é a sanha que muitos tê contra os políticos a quem por norma apelidam de ladrões. É que apesar de der salientado “a existência sinais que obrigam a reflectir se o fenómeno tem sido travado de forma eficaz, seja no plano do dever e da responsabilidade, seja no plano repressivo da perseguição policial” o Chefe do Estado considerou a corrupção "claramente um comportamento de excepção" entre os nossos políticos”

Ora eu, possivelmente contra a opinião de 99,9% dos portugueses, partilho inteiramente desta opinião. Logo eu que passo a vida a malhar na política da maior parte dos políticos! Eu não vos digo que sou marreta? Mas é assim, mesmo. Considero que uma boa parte dos nossos políticos, cultiva o facilitismo, o deixa andar, o fazer vista grossa . o amiguismo, mas felizmente a maioria não são corruptos ou ladrões no sentido de se locupletarem com os bens do erário público. A corrupção dos políticos no nosso país está a léguas do que acontece noutros países designadamente no Brasil e mais longe estará, se nós os ajudarmos e com um permanente criticismo vigilante e construtivo.
Não é a primeira vez e não será certamente a última que aqui defendo tal ideia.
Fico sempre em pulgas quando ouço – e ouço a toda hora – dizer “eh pá, isto de políticos são todos os ladrões”. Não é verdade, mesmo políticos a quem a toda a hora dou nas orelhas, aqui neste blogue, sei que não são ladrões. Normalmente, quem mais se encarniça nestas atoardas e mais contribui para que se espalhem de forma a que constituam um lugar comum, é gente que visa desacreditar o regime democrático, minar a confiança pública nas suas virtudes de forma a aparecer um salvador da Pátria de mão dura, como o outro de triste memória que veio para “moralizar” e por cá ficou a moer-nos o juízo durante quase meio século,
Para isso ninguém conte comigo Sou um desmancha-prazeres, não é? Feitios! Então não dá tanto jeito classificar os políticos todos de ladrões? Logo os portugueses que, ao fim e ao cabo, adoram ladrões! Basta algum político ser acusado ou suspeito de tal virtude e tem logo maioria nas urnas.

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