SOUTO MOURA e as GRAÇAS DO SR GRAÇA
Souto Moura
Souto Moura termina esta semanas as suas funções como Procurador da República. Muito mal se tem dito deste homem. Não há cão nem gato que, a seu respeito, não tenha dado as suas sentenças, todas negativas, todas vilipendiado-o, todas a dar-lhe na cabeça, todas a ridiculariza-lo. De facto o homem tem sido um bocado desajeitado e patarata nas suas relações com os órgãos de comunicação social, mas então ninguém reconhece nada de bom no exercício das funções que estiveram a seu cargo como PGR?
Souto Moura termina esta semanas as suas funções como Procurador da República. Muito mal se tem dito deste homem. Não há cão nem gato que, a seu respeito, não tenha dado as suas sentenças, todas negativas, todas vilipendiado-o, todas a dar-lhe na cabeça, todas a ridiculariza-lo. De facto o homem tem sido um bocado desajeitado e patarata nas suas relações com os órgãos de comunicação social, mas então ninguém reconhece nada de bom no exercício das funções que estiveram a seu cargo como PGR?
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Pois eu, que sou marreta, e não se me dá nada de ir contra a maré, e que, como muitas vezes aqui referi, me estou borrifando para o “politicamente correcto” cínica expressão para manter as pessoas dentro de normas que uma pequena elite inventou em seu exlusivo proveito - e que, além disso, não tenho que dar satisfações a ninguém do que penso ou não penso acerca das coisas, mormente das coisas públicas, aqui, neste meu bloguezinho insignificante, visto e lido por um reduzido número de pessoas, sou de opinião de que o PGR cessante é um homem muito honesto, que não se deixou vergar por pressões políticas que terá recebido de todos os quadrantes, e não teve receio de chegar o braço da Lei a figurões que jamais imaginaram que tal lhes pudesse acontecer.
Mesmo no famigerado envelope 9 todas as culpas foram para ele e para o Ministério Público, mas ninguém se lembrou de perguntar (fa-lo agora o BE) com que intuito a PT incluiu na lista de chamadas suspeitas, centenas de nomes que nada tinha a ver com a história em causa e com que intuito alguém se lembrou de divulgar esses nomes -que afinal, para a polícia não era relevante que lá estivessem apesar de não pedidos? Houve muita areia lançada na engrenagem deste processo destinada a desvalorizar todo o trabalho de investigação levado a cabo.
Vamos a ver se com a saída deste procurador não vai ficar arquivado e nulo processo da Casa Pia bem como outros que envolvem outros figurões. A gente cá está para ver.
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A graça do senhor Graça Moura
O senhor Vasco Graça Moura, grande paladino da civilização ocidental e cristã que ele tem por donzela virginal sem pecado e sem mácula, e em sua defesa não se cansa de esgrimir argumentos usa hoje a sua crónica no Diário de Notícias, que intitula de “Modestas Proposições” – titulo que muito bem lhe assenta, sendo a modéstia, consabidamente uma das suas principais virtudes) para tecer judiciosas e divertidas considerações acerca da forma de evitar melindres por parte de diferentes crenças religiosas nos mal-entendidos mútuos que tanta tinta têm feito correr ultimamente.
Propõe, para tanto, que expressões correntes e usuais no tratamento de tais assuntos sejam substituídas por elegantes paráfrases, que é, como todos sabem, uma forma de dizer em varias palavras, a fim de lhe atenuar o sentido, aquilo que habitualmente se diz numa palavra só.
Entende, por exemplo que "fugir como o Diabo da cruz e Maomé do toucinho", um aforismo popular de todos conhecido, se poderá dizer, bem mais elegantemente, "foge o anjo caído a um madeiro alçado / e há quem do cerdo à banha escape horrorizado".
Sugere ainda que, “na mesma onda, deve evitar-se referir os judeus, para que nenhum rabino e nenhuma sinagoga se venham a ofender. É melhor dizer "os que andam sem prepúcio errando pelo mundo",
Muito interessante, sim senhor
Mas, cautelosamente adverte que, “se em vez de "cristãos" dissermos "os que de Constantino vão atrás", não faltará quem pense tratar-se de publicidade a uma marca de brandy.
Tem graça e não ofende
Porém, já que estamos em maré de chiste e eu também tenho a mania que sou engraçado, permito-me lembrar ao senhor VGM que essa referência aos que “de Constantino vão atrás”, pode não ser muito bem entendida por todos os Constantinos da nossa lusa pátria, sobretudo pelos Constantinos que não gostem nada, mas mesmo nada que lhes “vão atrás”. Ora tal confusão pode ser bastante mais complicada do que a decorrente de um inocente trocadilho com uma conhecida marca de um brandy nacional. Até pode acontecer mesmo que um desses Constatinos, menos provido do fino sentido de humor que orna a esclarecida mente do senhor VGM, resolva simplesmente ir-lhe às fuças – atitude que eu de todo reprovaria, que fique claro.
O senhor Vasco Graça Moura, grande paladino da civilização ocidental e cristã que ele tem por donzela virginal sem pecado e sem mácula, e em sua defesa não se cansa de esgrimir argumentos usa hoje a sua crónica no Diário de Notícias, que intitula de “Modestas Proposições” – titulo que muito bem lhe assenta, sendo a modéstia, consabidamente uma das suas principais virtudes) para tecer judiciosas e divertidas considerações acerca da forma de evitar melindres por parte de diferentes crenças religiosas nos mal-entendidos mútuos que tanta tinta têm feito correr ultimamente.
Propõe, para tanto, que expressões correntes e usuais no tratamento de tais assuntos sejam substituídas por elegantes paráfrases, que é, como todos sabem, uma forma de dizer em varias palavras, a fim de lhe atenuar o sentido, aquilo que habitualmente se diz numa palavra só.
Entende, por exemplo que "fugir como o Diabo da cruz e Maomé do toucinho", um aforismo popular de todos conhecido, se poderá dizer, bem mais elegantemente, "foge o anjo caído a um madeiro alçado / e há quem do cerdo à banha escape horrorizado".
Sugere ainda que, “na mesma onda, deve evitar-se referir os judeus, para que nenhum rabino e nenhuma sinagoga se venham a ofender. É melhor dizer "os que andam sem prepúcio errando pelo mundo",
Muito interessante, sim senhor
Mas, cautelosamente adverte que, “se em vez de "cristãos" dissermos "os que de Constantino vão atrás", não faltará quem pense tratar-se de publicidade a uma marca de brandy.
Tem graça e não ofende
Porém, já que estamos em maré de chiste e eu também tenho a mania que sou engraçado, permito-me lembrar ao senhor VGM que essa referência aos que “de Constantino vão atrás”, pode não ser muito bem entendida por todos os Constantinos da nossa lusa pátria, sobretudo pelos Constantinos que não gostem nada, mas mesmo nada que lhes “vão atrás”. Ora tal confusão pode ser bastante mais complicada do que a decorrente de um inocente trocadilho com uma conhecida marca de um brandy nacional. Até pode acontecer mesmo que um desses Constatinos, menos provido do fino sentido de humor que orna a esclarecida mente do senhor VGM, resolva simplesmente ir-lhe às fuças – atitude que eu de todo reprovaria, que fique claro.
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Venha comigo chapinhar à CHUVA
no meu outro blogue
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