ENQUANTO E NAO

terça-feira, setembro 19, 2006

AINDA O PAPA (citações)


Tudo parece indicar que em vários lados se prepara uma grande guerra religiosa. Só assim se podem entender as palavras do Papa Bento XVI no passado dia 12 na universidade alemã de Ratisbona. Teólogo, ou seja, racionalizador dos mistérios da fé, foi certamente com a cabeça fria que o actual bispo de Roma recuou até uma polémica ocorrida no século XIV, entre o imperador bizantino Manuel Paleólogo e um erudito persa, sobre o lugar da violência no confronto religioso”
DN de 19-9-2oo6, artigo "Uma grande guerra?" de J.Medeiros Ferreira



"Bento XVI não é João Paulo II. Mas não poderia ignorar o destino mais do que provável das suas palavras, fosse qual fosse o contexto em que as pronunciou. É, pois, legítimo perguntar se este Papa quer redefinir os termos do diálogo com o Islão estabelecidos pelo seu antecessor. E isso é tanto mais importante quanto a relação entre cristianismo e islamismo podem ser para o seu pontificado o que foi o confronto ideológico entre democracia e comunismo para o do seu antecessor."
José Vítor Malheiros. "Todos os Fogos", Público de 19-9-06

Se fosse apenas um teólogo entre outros, Ratzinger poderia falar do que lhe apetecesse, no tom que lhe apetecesse, citando quem lhe apetecesse. Dá-se, porém, a circunstância de Ratzinger ser não só uma autoridade da Igreja Católica mas o seu Sumo Pontífice. Investido desta autoridade, deste poder espiritual e político e desta capacidade de representação, é evidente que o Papa Bento XVI não pode dizer o que disse em Ratisbona.
As suas palavras, se foram medidas, mostram-nos um papa calculistamente incendiário e apostado em alimentar e liderar um conflito de religiões. Se não o foram, mostram um Papa imprudente e que ainda não percebeu que deixou para sempre de ser professor de Teologia, o que não augura nada de bom em tempos de crispação religiosa.
Teresa de Sousa, PÚBLICO de 19-9-06

João Paulo IIlevou tempo a apaziguar as contradições entre as principais religiões. No que diz respeito ao Islão Josph Ratzinger destruiu num só discurso todo o trabalho do seu antecessor "
El Mundo (Espanha)

Provocação”
NRC next (Holanda

Se o apelo ao diálogo era o seu objectivo, talvez existissem outros meios menos susceptíveis de erros de interpretação
The Independent (GB)

Afinal, como conclui o filósofo-padre Anselmo Borges, "infalível só Deus. Não sei se algum papa acredita sinceramente que é infalível. Seria interessante perguntar a Ratzinger se ele crê que Bento XVI é infalível."
DN de 19-09-06, artigo de Fernanda Câncio

. "Do ponto de vista da doutrina católica, o reconhecimento e assunção da culpa é um dos actos importantes. Para mim, um pontífice não ficaria diminuído por isso, antes pelo contrário."
Sande Lemos, do Movimento “Nós Somos a Igreja”,
DN de 19-9-06, em Artigo de Fernanda Câncio.
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Sendo assim, porque razão não pede o Papa desculpa?...
Os sarilhos que as religiões criam!!!
E dizer que tem sido sempre assim, desde que o homem surgiu na face da terra! Também, quem é que os mandou terem criado os deuses? Não estariam bem melhor sem eles!
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