ENQUANTO E NAO

quarta-feira, agosto 02, 2006

FIDEL CASTRO e outras coisinhas

Fidel Castro

Por doença, que se presume grave, Fidel Castro foi forçado a deixar temporariamente a governação de Cuba entregue à 2ª figura do Estado - o seu irmão Raul Castro. Definitivamente, talvez. Rejubilam alguns com o facto e enquanto outros, muitos outros se entristecem. Fidel Castro é uma personalidade que não deixa ninguém indiferente. Por mim, desejo que melhore e que possa vir a reocupar o seu lugar na condução dos destinos do Povo Cubano. Ontem No jornal da noite da TVI a jornalista de serviço, pediu a opinião de Miguel Sousa Tavares sobre o homem sobre o qual recaiam as notícias do dia, ao qual se referiu como ditador. Miguel Sousa Tavares (e ele não costuma poupar ditadores) começou por dizer que tem a maior simpatia por Fidel Castro, acrescentado que ele não é um qualquer ditador, não é um corrupto, não tem sinais exteriores de riqueza, tem uma ideologia, tudo o que faz fá-lo por coerência com os seus ideais – coisa rara na maioria dos políticos que para aí andam é uma figura incontornável da história contemporânea.

Cito de cor. Foi mais ou menos isto que MST disse e eu subscrevo inteiramente. Fidel é um gigante entre sapos
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O senhor VGM

A Europa civilizada insurge-se contra a utilização de aviões para torturar, em voo, e fora do seu território os prisioneiros que os estudos Unidos consideram suspeitos de terrorismo, e de utilizar indevidamente e sem autorização de aeroportos de outros países.

O sr. Vasco.Graça Moura acode solícito em defesa da política fascizante do sr. Bush:
“Não há qualquer indício de torturas infligidas a suspeitos eventualmente assim transportados e só esse aspecto podia ser relevante.”

Só contaram para ele

Todo o mundo sabe que a violação dos direitos humanos, o uso da tortura e a humilhação degradante dos prisioneiros são uma constante em Abu Ghraib e em Guantánamo.

Pois o sr. VGM, admirador da política belicista do Sr. Bush,defende que:
“O respeito dos direitos humanos é assegurado pelos próprios mecanismos do Estado de direito, como se tem visto, a propósito de Abu Ghraib e de Guantánamo.”
Só contaram para ele.

Qualquer pessoa, com um mínimo de sensibilidade respeito pelas liberdades e direitos fundamentais, sabe que ninguém pode permanecer detido sem que alguém do exterior, um familiar, uma instituição, um advogado tenha do facto conhecimento.

Pois o sr. VGM entende que o facto de o terrorismo não ser uma guerra convencional e desenvolvendo-se
“numa rede internacionalmente desmultiplicada, fanatizada e disposta a tudo”
”...explica a intervenção dos serviços secretos em moldes menos ortodoxos, como o de não se comunicar quem foi capturado e como, ou quem segue em determinado avião e porquê”

Isto é, justifica, na opinião do sr. VGM práticas de terrorismo de Estado
Aliás o sr. VGM entende que, esse terrorismo de Estado ,
“Essa actuação ainda assim respeita as regras jurídicas fundamentais. O adversário, esse, é que não respeita regras nenhumas.”

Só contaram para o Sr. VGM

Citações retiradas da crónica do sr. VGM (sempre igual a si mesmo) no DN de hoje

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A diplomacia da "ambiguidade"
Vicente Jorge Silva

Começa assim o seu artigo de hoje no DN

“O Governo português prescindiu - e continua a prescindir - de tomar posição sobre a tragédia que se vive no Médio Oriente. Nem os mais recentes e brutais acontecimentos, como o bombardeamento de um posto da ONU pela força aérea israelita e, sobretudo, o massacre na aldeia de Caná, fizeram o nosso Ministério dos Negócios Estrangeiros sair do seu mutismo imperturbável. “

E assim termina:

“...Se Portugal vier a participar numa força multinacional no Líbano - cenário que Amado admite - não será, portanto, por alguma ideia, atitude ou opinião própria que o nosso Governo tenha sobre o assunto, mas apenas por um seguidismo geostratégico do tipo "Maria vai com as outras". Depois do maniqueísmo, do fanatismo e do cinismo das posições sobre uma guerra cada vez mais cruel e devastadora, só faltava mesmo que o ensurdecedor silêncio oficial português se mascarasse com o pragmatismo farisaico da "ambiguidade" diplomática. “


É exactamente como já aqui escrevi. Em política internacional, geralmente, Portugal não tem opiniões, não toma iniciativas. Espera e segue os ditames do Império

Entretanto os mortos e as destruições continuam

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Veja também o meu outro blogue
http://escritosoutonais.blogspot.com