XANANA, lá; e PROFESSORES, cá
Xanana Falou
Finalmente, após um mês de violência, o Presidente da República, Xanana Gusmão, resolveu falar à nação timorense. Já era altura de ele falar em vez da esposa. Resolveu assumir, agora, sim com o parecer do Conselho de Estado e em concertação com o Primeiro Ministro, o comando da Defesa e da administração interna, propondo a demissão dos dois Ministros respectivos.
Será que a paz vem aí finalmente? Duvido. As forças que desencadearam esta onda de violência, fizeram-no com intuito deliberado e há muito acalentado de derrubar o Primeiro Ministro Mari Alkatiri e não vão desistir de o fazer. É nesse sentido que tem sido atiçada a população, como um que justificava hoje ao jornalista Paulo de Azevedo do Diário de Notícias a necessidade de demitir Mari Alkatiri, porque “professa outra religião, é comunista e os pais não são de cá”, ou o grupo de 20 ou 30 pessoas gritavam à porta do Palácio das Cinzas palavras de ordem como "Morte ao Alkatiri". E é nesse sentido que o Ramos Horta tem a lata de dizer, pondo-se fora, claro, que o governo (a que ele pertence) “falhou miseravelmente”
Quem é que está interessado na queda do Governo? Além da hierarquia católica timorense que, nitidamente não o suporta, também outros, membros da "aristocracia" local que não se conformam com o facto de os timorenses não lhes terem dado os votos de que se julgavam credores, e muito provavelmente também aqueles que hoje assaltaram e queimaram o edifício onde se encontravam milhares de processos para relativos aos crimes cometidos pelas milícias pró-indonésias antes da independência. Isto para não falar de interesses de países vizinhos.
Todos estes sinais me levam a suspeitar que a coisa não vai ficar por aqui. “sei não" como dizem os nossos irmãos brasileiros…
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As boas medida do nosso Governo
Os professores
Por vezes dá a impressão de que este Governo tem um ódio de estimação aos professores. A expressão é forte, mas francamente tantas e tão disparatadas são as medidas relativamente a estes profissionais da educação, que não dá para entender. Esta, agora, de a evolução dos professores ficar dependente da avaliação dos pais dos alunos, não lembrava ao diabo. Melhor dito, só lembrava ao diabo.
Cito a propósito uma passagem de uma crónica de Eduardo Prado Coelho, publicado no jornal “Público”, sobre o assunto:
“Os pais apenas se podem basear no relato dos filhos, e nada permite dizer que aquelas encantadoras crianças, que tratam as professoras de “putas” e lhes atiram preservativos à cara, e as fecham na sala de aulas, sem que o ministério aparentemente se rale muito, estejam em condições de avaliar as capacidades pedagógicas de uma forma isenta e ponderada”
Está dito tudo
Finalmente, após um mês de violência, o Presidente da República, Xanana Gusmão, resolveu falar à nação timorense. Já era altura de ele falar em vez da esposa. Resolveu assumir, agora, sim com o parecer do Conselho de Estado e em concertação com o Primeiro Ministro, o comando da Defesa e da administração interna, propondo a demissão dos dois Ministros respectivos.
Será que a paz vem aí finalmente? Duvido. As forças que desencadearam esta onda de violência, fizeram-no com intuito deliberado e há muito acalentado de derrubar o Primeiro Ministro Mari Alkatiri e não vão desistir de o fazer. É nesse sentido que tem sido atiçada a população, como um que justificava hoje ao jornalista Paulo de Azevedo do Diário de Notícias a necessidade de demitir Mari Alkatiri, porque “professa outra religião, é comunista e os pais não são de cá”, ou o grupo de 20 ou 30 pessoas gritavam à porta do Palácio das Cinzas palavras de ordem como "Morte ao Alkatiri". E é nesse sentido que o Ramos Horta tem a lata de dizer, pondo-se fora, claro, que o governo (a que ele pertence) “falhou miseravelmente”
Quem é que está interessado na queda do Governo? Além da hierarquia católica timorense que, nitidamente não o suporta, também outros, membros da "aristocracia" local que não se conformam com o facto de os timorenses não lhes terem dado os votos de que se julgavam credores, e muito provavelmente também aqueles que hoje assaltaram e queimaram o edifício onde se encontravam milhares de processos para relativos aos crimes cometidos pelas milícias pró-indonésias antes da independência. Isto para não falar de interesses de países vizinhos.
Todos estes sinais me levam a suspeitar que a coisa não vai ficar por aqui. “sei não" como dizem os nossos irmãos brasileiros…
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As boas medida do nosso Governo
Os professores
Por vezes dá a impressão de que este Governo tem um ódio de estimação aos professores. A expressão é forte, mas francamente tantas e tão disparatadas são as medidas relativamente a estes profissionais da educação, que não dá para entender. Esta, agora, de a evolução dos professores ficar dependente da avaliação dos pais dos alunos, não lembrava ao diabo. Melhor dito, só lembrava ao diabo.
Cito a propósito uma passagem de uma crónica de Eduardo Prado Coelho, publicado no jornal “Público”, sobre o assunto:
“Os pais apenas se podem basear no relato dos filhos, e nada permite dizer que aquelas encantadoras crianças, que tratam as professoras de “putas” e lhes atiram preservativos à cara, e as fecham na sala de aulas, sem que o ministério aparentemente se rale muito, estejam em condições de avaliar as capacidades pedagógicas de uma forma isenta e ponderada”
Está dito tudo
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Veja hoje também o meu outro Blogue:http://escritosoutonais.blogspot.
e
se gostou da minha crónica"Peúgas Brancas,"
Então vai gostar ainda mais de a ouvir,lida pela voz inconfundível de Luís Gaspar,
"Lugar aos Outros 04"
1 Comments:
Era o que mais faltava!
Não basta o Ministério da Educação ter desautorizado os professores, tirando-lhes os poderes que ainda restavam para que as aulas tivessem um pouco de dignidade?
Um professor não pode pôr um "menino" fora da aula por comportamento menos correcto nas mesmas, e que serviria de exemplo para os outros.
Não basta que os "queridos paizinhos" se desloquem às escolas para pedir satisfação aos professores por os filhos terem uma nota menos boa.
Que os mesmos pais agridam os professores numa manifestação de cobardia, sabendo que os professores não se podem queixar, pois que é logo instruido um inquérito pelo próprio Ministério.
São estes pais que vão avaliar os professores?
Antigamente havia algum exagêro por parte de alguns professores que pretendiam mostrar a sua autoridade e prepotência, o que era condenável.
Entre os alunos existia o medo, que não o respeito.
Essa forma não era aceitável, mas a situação de agora em que os professores se encontram é humilhante.
O respeito não se consegue com repressão mas com a educação, e se para isso for necessário pôr um aluno fora da aula, que se ponha mesmo.
Para além dos pais, o professor é a entidade que continua a educar e ensinar.
Tenha-se respeito por eles e que o Ministério reponha a legalidade e a dignidade dos professores.
Era o que mais faltava virem agora os pais, numa grande parte analfabetos, avaliarem os professores!
Que avaliem os seus filhos pois terão muito trabalho a fazer!
Não sou professor, mas pai de um aluno que sempre respeitou os professores e que respondeu à educação que eu lhe transmiti.
By Anónimo, at 31 maio, 2006 15:09
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