ENQUANTO E NAO

quinta-feira, maio 11, 2006

AINDA AS MATERNIDADES

Maternidades que vão fechar não são as piores

Este é o título de primeira Página do Diário de noticias de hoje

E noutro local do mesmo DN:

A mortalidade registada no hospital de Braga é mais elevada do que a da unidade de Barcelos

E de um estudo do mesmo jornal colijo elementos que me permitem concluir comparando, por exemplo o hospital de Barcelos com outros, tomando por base 50 unidades hospitalares com serviços de maternidade, a esclarecedora estatística

Mortalidade em partos:

1º São João – Porto
2º Francisco Xavier - Lisboa
3º F.Fonseca - Amadora/Sintra
16º Barcelos

Complicações em partos:

1º S. Teotónio - Viseu
2º Mat, Júlio Dinis - Porto
3º CH Coimbra
24º Barcelos

Mortalidade em recém-nascidos:

1º S. João – Porto
2º S.Atónio – Porto
3º Garcia de Orta – Almada
36º Barcelos

Complicações em recém nascidos:

1º Mat. Alfredo da Costa – Lisboa
2º Mat. Júlio Dinis – Porto
3º São João – Porto
41º Barcelos

Porquê então a teimosia do Ministro da saúde em encerrar os serviços de maternidade em hospitais como o de Barcelos e outros, se está provado que os partos ali se realizam em condições tão boas ou superiores às de outros hospitais para onde pretende enviar as parturientes ?
Tem alguma lógica?

Por outro lado, o mesmo jornal de hoje, contem um artigo com o seguinte título:

Privados querem negócio dos partos

Será que é neste título que está a resposta? Será esta a lógica?
A gente quando não sabe, ou quando não comprende, pergunta, né?


Se os homens parissem havia uma maternidade em cada rua.

Esta frase é de minha mulher. Ela não mexe em computadores, não percebe nada de computadores e,julgo, “tem raiva a quem percebe”. Felizmente que o que eu percebo também é muito pouco, pois não me agradaria nada ser objecto da sua “raiva”. Contudo, neste caso das maternidades, como em muitos outros, tem sempre uma opinião, que hoje, já que ela não mexe nestes zingarelhos, resolvi colocar aqui.

Além da frase acima, pergunta porque raio ainda não apareceu uma mulher do Governo a defender as ideias do senhor Ministro da Saúde a este respeito? Será que alguma defenderia este princípio? Ou será que o PS que até fez questão de impor a paridade das mulheres por decreto, não se digna ouvi-las num assunto que a elas, principalmente, diz respeito?

Por outro lado, minha mulher não se cansa de repetir que foi o Governo de Cavaco Silva que nos anos oitenta restringiu o acesso aos cursos de medicina com o lindo resultado que agora se vê e que fornece ao senhor Ministro um álibi para a alegada falta de obstetras..
Elas (quase) sempre têm razão!
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Veja também o meu outro blogue

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