VÁRIOS
Um projecto de resolução acerca da OPA lançada pela Sonae sobre a PT, a apresentar brevemente na Assembleia da República, vai ser um dos temas das jornadas parlamentares do PCP, que decorrem, hoje e amanhã, em Coimbra.
O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa - que abre os trabalhos, às 11.00, com uma intervenção no Hotel Tivoli -, disse ao DN que o partido considera esta iniciativa "de grande actualidade".
"Manter uma posição do Estado na defesa daquela empresa estratégica" é a perspectiva correcta, no entender do líder comunista. "A visão ultraliberal de entrega num sector tão sensível e estratégico como são as comunicações merece, da nossa parte, um reparo crítico", considera Jerónimo de Sousa.
Acho muito bem. Por muitas razões de queixa que tenhamos da PT, o senhor Belmiro de Azevedo não é flor que se cheire e não é do interesse do povo passar-lhe para as mãos, sem as devidas cautelas um património tão importante e com tanto valor estratégico.
Mas dá vontade de perguntar. Será que só PCP está atento a um problema de tamanha importância para o País?
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Ainda a América Latina
Cuba, Venezuela e Bolívia firmam aliança de esquerda
Agência Reuters
Os presidentes esquerdistas de Cuba, Venezuela e Bolívia se reuniram em Havana no último fim de semana para finalizar um acordo de integração visto como uma alternativa à proposta dos EUA de livre comércio com a América Latina.
O presidente venezuelano, Hugo Chávez, e o presidente boliviano, Evo Morales, chegaram a Cuba na sexta-feira. Eles planejam assinar o acordo com o presidente cubano, Fidel Castro, no sábado, e participar de um evento à noite na Praça da Revolução, em Havana.
"Esta reunião é um grande encontro de três gerações, de três revoluções", disse Morales, eleito em dezembro, em sua chegada.
É como eu dizia ontem. A América latina está a despertar e Fidel já não está sozinho
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populismo?
Na sua crónica de hoje no DN, intitulada “O Populismo” Ruben de Carvalho tece judiciosas considerações sobre o evoluir semântico e político das palavras, designadamente esta: “populismo”, a propósito dos governos de esquerda na América Latina.
È notório e sabido que Hugo Chávez e Evo Morales são amigos e seguidores de Fidel Castro e que este é sem rebuço líder de um regime classificado de comunista. E que eles próprios se reclamam de socialistas e defendem projectos de nacionalização dos recursos naturais dos respectivos países. Nestas condições, diz Ruben de Carvalho, há um par de dezenas de anos os editoriais de todo o mundo encher-se-iam com os ominosos "perigos comunistas" que tais regimes e dirigentes significariam”
Não deixa assim de parecer estranho que a adjectivação que constituía parte importante do arsenal propagandístico de há escassas décadas tenha perdido interesse, para ser substituída por uma tão conspícua quanto evidentemente confusionista palavra: Chávez e Morales passaram a ser "líderes populistas" e as suas opções já não são perigosamente comunistas, nem ilusoriamente socialistas, mas sim - "populistas"!
Muito bem observado. É que o termo “populista” começa a ter (cá está a evolução semântica das palavras!) conotações com nacionalismo de direita, fascismo, demagogia, exploração fácil e primária de anseios e carências populares. Populista é o nosso(salvo seja) Paulo Portas, populista é o Le Penn, populista é o Berluconi, por exemplo.
Pois, mas de facto, como poderiam, os políticos norteamericanos, conclui Ruben de Carvalho,explicar que, qual fénix renascida, o programa nacional e popular da esquerda continua bem vivo?!
São bons a jogar com as palavras estes americanos e a cadeia de órgãos de informação que os servem. Só que os povos da América Latina estão agora mais atentos. Agora eles teriam muita dificuldade em repetir o crime perpetrado em 1973 contra o regime democrático do Chile
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E ainda o Jardim, da Madeira
Comemorou-se o 25 de Abril em todo o país. Com excepção da Região Autónoma da Madeira. A tal propósito chegou-me às mãos esta versalhada. Como a "comprei", assim a "vendo"
O João Jardim não é uma besta
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4 Comments:
O grande evento do dia do trabalhador, aferido pelos media internacionais, foi o boicote imigrante à economia Americana. É legitimo estranhar esta descrição de “boicote.” Mas foi deste modo que se o descreveu, evitando a mais gravosa identificação de “greve”.
By Anónimo, at 05 maio, 2006 00:07
Coincidência: Um António (que não sei quem é) a comentar outro António. Mas é verdade. Eu acompanhei a magnitude desse tal "boicote".Não sei se também houve greve mas o boicote feito pelos emigrantes (sobretudo mexicanos) aos produtos e lojas americanos, foi uma coisa muito séria., que causou mesmo mossa.
By António Melenas, at 05 maio, 2006 00:31
A versalhada que "comprou" está neste blog: http://eroticidades.blogspot.com/
e é de uma conterrânea sua
By Anónimo, at 10 maio, 2006 09:18
Cara Amiga (e conterrânea? Está certo, diz no seu perfil que é portuguesa, somos conterrâneos, portanto) Obrigado por me ter deixado endereço do seu blogue. Já lá fui e...valeu a pena
By António Melenas, at 10 maio, 2006 18:13
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