ENQUANTO E NAO

domingo, fevereiro 26, 2006

DRAMAS...

O drama dos idosos solitários

O Diário de Notícias de hoje contem uma reportagem sobre o problema das pessoas idosas autênticas prisioneiras em casa, quer pela sua própria diminuição física, quer pelo conjunto de obstáculos que tornam difícil o seu acesso à rua.
É de facto uma coisa dramática a situação dos idosos, sobretudo nos grandes centros urbanos. E o pior é que não se trata só de idosos pobres. Gente da classe média, que teve um nível de vida razoável e mesmo muito bom, em alguns casos, e que, com o passar dos anos, foram perdendo os cônjuges, os amigos foram ficando tão velhos como eles e com idênticos problemas, os filhos estão bem, muito obrigado, têm a sua vida social muito activa, e patati-patatá, e os pobres velhos ali vão ficando, condenados a prisão perpétua, sem culpa formada e sem sentença em julgado, mortos antes da morte, finando-se a cada minuto que passa.
È triste, muito triste.
Em meios pequenos, pequenas vilas ou aldeias, as coisas sempre são mais fáceis. A vizinhança é mais solidária, a família ainda não perdeu de todo o espírito de clã, as casas são mais baixas e permitem melhor acesso à rua, as Misericórdias e outras organizações paroquiais exercem a sua função num campo mais limitado de situações, numa maior relação de proximidade e o problema da velhice assume contornos um pouco mais humanizados. Nos grandes centros chega ser pungente a situação dos idosos solitários.

Tem pois toda a razão a subdirectora do DN, Helena Garrido. quando. no editorial de hoje sobre o mesmo tema, advoga que o dinheiro que o governo pretende gastar em complementos solidários de reforma para as pessoas idosas (aliás, ao que parece, dependentes de processos burocráticos infindáveis) seria melhor empregue na construção e manutenção de equipamentos sociais, tipo condomínios parecidos aos que a iniciativa privada já criou para pessoas abastadas, embora mais modestos, como é obvio, mas onde os idosos pudessem conviver e ser tratados com a dignidade que merecem.

Termina assim o referido editorial:

O Estado, nas funções de solidariedade que os europeus querem que desempenhe, tem forçosamente de abandonar a lógica da distribuição de dinheiro. É a via de maior desperdício de recursos. Nunca haverá dinheiro que chegue para alimentar uma política de "toma lá e resolve os teus problemas de velhice na pobreza". Te-remos apenas mais e mais histórias de sofrimento e suicídio.

Apoiado, apoiado, apoiado!

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Ai a Eta!


Críticas contra Zapatero marcam protesto anti-ETA
DN. De 26-2-2006

A seguir aos atentados de 11 de Março em Madrid, o governo de Aznar tentou ganhar votos atribuindo-os, deliberada e despudoradamente à ETA . Agora, o mesmo Aznar e o partido político que representa utilizam a mesma ETA, para tentar derrubar o governo de Zapatero

O que seria destes políticos se não houvessem movimentos terroristas ou libertários. foi sempre assim foram os cristãos, foram os protestantes, foram os escravos que se revoltaram, foram os liberais, foram os anarquistas foram os comunista, foram as colónias que não queriam mais ser colónias ...Há sempre um pretexto. E quando não há inventa-se.

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O Iraque e os americanos.

Eles bem querem armarem-se em fundadores da democracia no Iraque.
O pior é que mesmo os iraquianos que entre si se guerreiam são unânimes num ponto: Eles não querem lá os americanos. Coitados! De mal agradecidos está o inferno cheio

Na verdade, na sequência dos distúrbios causados pela guerra das mesquitas entre sunitas e xiitas, os dirigentes de ambas as tendências reunidos consideram que
... o que está a suceder no Iraque, quer sejam actos terroristas, quer seja a tensão entre seitas, é exclusivamente da responsabilidade do Ocupante.

Onde já se viu tamanha ingratidão!

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Hoje, pode ver também:
CANTiGA DE EsCÁRNiO E MALdIZER
no meu otro blogue
ESCRITOS OUTONAIS
http://escritosoutonais.blogspot.com