RESPIGOS
“Destruição de Mesquitas põe Iraque à beira da Guerra Civil”
Título de primeira página no “Público” de hoje
Isto a propósito do ataque de ontem a uma importante mesquita xiita
e dos ataques de hoje a 90 mesquitas sunitas
E a quem é que isto causa espanto? A guerra civil vai chegar ao Iraque com todas as consequências dramáticas e sangrentas que caracterizam este tipo de guerras fratricidas. Já o disse aqui várias vezes. A sua inevitabilidade ficou traçada no momento em que a criminosa e ignorante irreflexão da administração Bush, destruiu a estrutura organizada de um Estado laico, para a substituir, primeiro, durante meses, por um buraco negro sem rei nen roque, e agora por uma teocracia de maioria xiita – o mais intolerante ramo dos seguidores da fé do Islão.
Tudo isto a pretexto de encontrar armas que (eles sabiam) o Sadam não possuía, e combater o terrorismo que (eles sabiam) não morava ali.
Velhacos e burros é o que se poderia chamar-lhes. Só que eles vêem tudo pelo lado do lucro e aí eles nunca são burros.
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Título de primeira página no “Público” de hoje
Isto a propósito do ataque de ontem a uma importante mesquita xiita
e dos ataques de hoje a 90 mesquitas sunitas
E a quem é que isto causa espanto? A guerra civil vai chegar ao Iraque com todas as consequências dramáticas e sangrentas que caracterizam este tipo de guerras fratricidas. Já o disse aqui várias vezes. A sua inevitabilidade ficou traçada no momento em que a criminosa e ignorante irreflexão da administração Bush, destruiu a estrutura organizada de um Estado laico, para a substituir, primeiro, durante meses, por um buraco negro sem rei nen roque, e agora por uma teocracia de maioria xiita – o mais intolerante ramo dos seguidores da fé do Islão.
Tudo isto a pretexto de encontrar armas que (eles sabiam) o Sadam não possuía, e combater o terrorismo que (eles sabiam) não morava ali.
Velhacos e burros é o que se poderia chamar-lhes. Só que eles vêem tudo pelo lado do lucro e aí eles nunca são burros.
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O que uns dizem e os outros deturpam
Lembram-se da gritaria, do gozo, porque Freitas do Amaral terá proposto um campeonado de futebol entre equias do ocidente e do mundo árabe?
Pois que o homem disse, esclarece hoje no “Público”, foi isto:
Lembram-se da gritaria, do gozo, porque Freitas do Amaral terá proposto um campeonado de futebol entre equias do ocidente e do mundo árabe?
Pois que o homem disse, esclarece hoje no “Público”, foi isto:
A direita não lhe perdoa. E há outros que...simplesmente são "Maria-vai-com-as-outras"
(…)Outra deturpação (e grande) foi dizer-se ou dar-se a entender que eu teria afirmado que a melhor maneira de resolver esta crise de civilizações era organizar uns campeonatos de futebol! Que simplificação grosseira!
O que eu disse—e mantenho—foi que, no contexto da política (que advogo) de diálogo entre o Ocidente e o Islão, não bastam reuniões políticas entre governos, nem esforços diplomáticos, embora indispensáveis: é preciso ir mais longe e mais fundo e pôr os cidadãos de um lado e doutro do Mediterrâneo a dialogar, a conhecerem-se melhor, e a confraternizar. E dei exemplos: encontros de professores e cientistas dos dois lados, de escritores e artistas, de historiadores, de teólogos, de empresários e sindicalistas, de comerciantes, de jovens, etc. Defendi a intensificação do intercâmbio de turistas árabes e ocidentais. E, no fim da lista de alguns exemplos, acrescentei: '”E se calhar, dado ser esse o desporto-rei, porque não um campeonato de futebol entre equipas ocidentais e equipas dos países islâmicos?"
Reduzir tudo isto à ideia de que, para mim, "a crise entre as duas civilizações se resolve com jogos de futebol" é, no mínimo, muito estranho... Mas não quero entrar em especulações. Fico-me por aqui. Quem estiver de boa-fé entenderá certamente as ideias que tenho procurado defender, para evitar a escalada do conflito e para estabelecer pontes de diálogo aberto e tolerante com os países islâmicos
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Cuidado, eles andam por aí...
Transcrevo do DN de hoje os primeiros dois parágrafos de um artigo com este título, do jornalista Mário Resendes. Vale a pena ler o artigo completo
Transcrevo do DN de hoje os primeiros dois parágrafos de um artigo com este título, do jornalista Mário Resendes. Vale a pena ler o artigo completo
Cuidado, eles andam por aí
Não é necessário ser jurista para entender que está em curso um processo de alterações legislativas que configura o mais sério risco de limitação à liberdade de imprensa desde Abril de 1974. E espanta que os patrocinadores dessas inovações sejam o Governo e os deputados do Partido Socialista, que justificadamente reclama o título de combatente de primeira linha em prol desse património fundamental de uma democracia pluralista.
As deficiências de sigilo que aconteceram nos últimos tempos em alguns casos mais mediáticos, e que trouxeram à tona lacunas e incompetências dos responsáveis pela investigação judicial, propiciaram, uma vez mais, a culpabilização do mensageiro. Estava encontrado o caminho para se programar uma alteração ao Código Penal que aponta para que os jornalistas possam ser punidos criminalmente por, supostamente, colocar "em perigo" uma investigação. É uma via de arbítrio e de subjectividade, que a memória remete para o famigerado artigo oitavo da Constituição de 1933, com toda a sua panóplia de adversativas e regulamentações de enquadramento.
Pois, pois, socialistas mas pouco!
Não é necessário ser jurista para entender que está em curso um processo de alterações legislativas que configura o mais sério risco de limitação à liberdade de imprensa desde Abril de 1974. E espanta que os patrocinadores dessas inovações sejam o Governo e os deputados do Partido Socialista, que justificadamente reclama o título de combatente de primeira linha em prol desse património fundamental de uma democracia pluralista.
As deficiências de sigilo que aconteceram nos últimos tempos em alguns casos mais mediáticos, e que trouxeram à tona lacunas e incompetências dos responsáveis pela investigação judicial, propiciaram, uma vez mais, a culpabilização do mensageiro. Estava encontrado o caminho para se programar uma alteração ao Código Penal que aponta para que os jornalistas possam ser punidos criminalmente por, supostamente, colocar "em perigo" uma investigação. É uma via de arbítrio e de subjectividade, que a memória remete para o famigerado artigo oitavo da Constituição de 1933, com toda a sua panóplia de adversativas e regulamentações de enquadramento.
Pois, pois, socialistas mas pouco!
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