JÁ TARDAVA !
Já tardava. Agora que está formado o governo saído das eleições, democráticas e justas, de 25 de Janeiro último, que deram uma folgada vitória ao Hamas - governo, aliás, presidido por um elemento moderado daquele partido, o professor Ismail Haniyeh - logo o parlamento israelita se apressou a aprovar medidas de retaliação económica contra a Autoridade Palestiniana – medidas que, logo a seguir às eleições ameaçara por em prática.
Entre as medidas tomadas figura o congelamento da transferência mensal de cerca de 50 milhões de dólares de fundos que correspondem ao reembolso por Israel dos direitos aduaneiros e de IVA cobrados sobre os produtos destinados à Cisjordânia e à Faixa de Gaza
Entre as medidas tomadas figura o congelamento da transferência mensal de cerca de 50 milhões de dólares de fundos que correspondem ao reembolso por Israel dos direitos aduaneiros e de IVA cobrados sobre os produtos destinados à Cisjordânia e à Faixa de Gaza
Estes fundos representam cerca de 30 por cento do orçamento da Autoridade Palestiniana e permitem assegurar nomeadamente o pagamento de cerca de 140.000 funcionários públicos, dos quais 60.000 são polícias e membros dos serviços de segurança.
Só agora, constituído o governo é que resolveram pôr em pratica as ameaças anteriormente proferidas.
Naturalmente estavam à espera de que tais ameaças amedrontassem o povo palestiniano e a sua Alta Autoridade inibindo-os de darem seguimento constitucional ao resultado ditado pelo voto do povo.
Tal não aconteceu. O novo governo foi formado e aí está primeiro ministro Ismael Haniyeh a afirmar que essas represálias não assustam o povo palestiniano. infelizmente coragem e determinação não chegam para resolver os graves problemas que estas e outras represálias que se seguirão vão ocasionar.
Ora Isto é mais que um bloqueio. Isto é, a meu ver, uma apropriação indevida de bens que a outros pertencem. Isto é um acto de puro bandistismo. Isto é condicionar de fora os destinos de um povo. Isto é impor pela fome soluções que esse povo rejeitou com o voto
E a isto que dizem os valorosos defensores das legalidades democráticas?
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